“Tentavam fugir” Hytalo e parceiro são capturados com 8 celulares em operação policial

Hytalo e Israel são acusados de crimes gravíssimos: tráfico humano e exploração sexual infantil. As denúncias ganharam repercussão nacional depois que o youtuber Felca expôs o caso, denunciando a “adultização” de menores.

O delegado Fernando Davi, que conduz o caso contra o influenciador Hytalo Santos, revelou que ele e o companheiro, Israel Natan Vicente, já estavam se preparando para fugir antes de serem detidos em Carapicuíba (SP). Segundo o policial, os dois tinham consciência de que suas prisões eram inevitáveis.

– Estavam escondidos aqui no estado de São Paulo. A suspeita é que eles estavam sim tentando se evadir e já sabiam que seria expedido o mandado de prisão. O mandado de prisão foi expedido na madrugada de ontem, na verdade. Então parece que eles já tinham essa noção – afirmou o titular da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG) do Deic-SP.

Hytalo e Israel são acusados de crimes gravíssimos: tráfico humano e exploração sexual infantil. As denúncias ganharam repercussão nacional depois que o youtuber Felca expôs o caso, denunciando a “adultização” de menores.

A defesa, por sua vez, tenta reverter a narrativa. O advogado Felipe Cassimiro nega qualquer intenção de fuga:

– Eles já se encontravam em São Paulo bem antes do início de toda essa trama que vem sendo amplamente divulgada, e a gente tem provas nesse sentido. Os delegados disseram que eles vieram ontem para cá, não procede. A gente está lidando com influenciadores digitais de grande porte, pessoas que têm compromissos em vários estados, sobretudo em São Paulo. Ele está há mais de um mês aqui. Mas depois que sobreveio a questão do bloqueio das mídias, ficou difícil trabalhar, na verdade, impossível – declarou.

O delegado informou ainda que, no momento da prisão, Hytalo e Israel não reagiram. Eles carregavam quatro celulares cada, que foram apreendidos e passarão por perícia.

– Agora é um procedimento de captura de procurado. Eles vão passar pelo exame de corpo de delito no IML, depois por uma audiência de custódia e depois vão entrar no sistema prisional comum, porque é prisão preventiva. Aí, fica a cargo da Justiça da Paraíba se comunicar com a Justiça de São Paulo sobre o encaminhamento dos presos – completou Fernando Davi, conforme noticiado pelo jornal O Globo.