Sindicalistas protestam contra Barroso na USP: ‘Pejotização é fraude’
A presença de Barroso foi recebida com protestos organizados por sindicalistas no Salão Nobre da Faculdade. Cartazes e gritos como “pejotização é fraude” e “eu digo não à pejotização” marcaram a manifestação. Apesar de ficarem em silêncio durante a palestra, os manifestantes mantiveram faixas erguidas.

Nesta sexta-feira (15), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), discursou na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, sobre o impacto da inteligência artificial nas relações de trabalho. Durante a fala, ele afirmou que o mundo está discutindo “novas relações contratuais” e defendeu mudanças para acompanhar a realidade atual do mercado.
O STF deverá julgar em breve o tema da chamada pejotização, e todos os processos envolvendo o assunto estão parados aguardando a decisão da Corte. Segundo Barroso, algumas áreas do mercado não se encaixam mais nas regras engessadas da CLT.
– Há um mercado de trabalho que já não é mais um mercado metalúrgico – declarou.
O presidente do STF também disse que, “em muitos casos”, motoristas e entregadores de aplicativos buscam “flexibilidade” e não “a subordinação tradicional do direito de trabalho”.
A presença de Barroso foi recebida com protestos organizados por sindicalistas no Salão Nobre da Faculdade. Cartazes e gritos como “pejotização é fraude” e “eu digo não à pejotização” marcaram a manifestação. Apesar de ficarem em silêncio durante a palestra, os manifestantes mantiveram faixas erguidas.
Ao final, Barroso se reuniu com os sindicalistas. Em nota, o STF disse que ele “ouviu as preocupações do grupo, fez perguntas a respeito do dia a dia de trabalho e recebeu um manifesto em defesa dos direitos trabalhistas e da dignidade humana”.
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