MP da Paraíba mantém pressão: influenciador e marido continuam atrás das grades

As investigações apontam que Hytalo mantinha um grupo de jovens – muitos deles menores de idade – em uma residência em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, oferecendo apoio financeiro em troca da participação nos conteúdos que produzia.

O influenciador digital Hytalo José Santos Filho e seu marido, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro, tiveram a prisão preventiva confirmada neste sábado (16), após audiência de custódia realizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público da Paraíba, de onde partiu o processo.

O Tribunal de Justiça de São Paulo fez a audiência virtual para avaliar possíveis irregularidades na prisão de Hytalo, que foi conduzida pela Polícia Civil de São Paulo, em ação conjunta com o MP e a Polícia Civil da Paraíba.

A defesa do casal já esperava pela manutenção da prisão e agora aguarda a análise de um novo pedido de habeas corpus. Os advogados afirmam que não tiveram acesso completo ao processo e que, na primeira petição, precisaram se basear em informações divulgadas pela imprensa.

Acusações graves: exploração de menores

Hytalo e Israel foram presos na sexta-feira (15) após denúncia do MP da Paraíba, que acusa os dois de produzir conteúdos envolvendo crianças e adolescentes em situações de “adultização” e exploração sexual indireta.

Segundo a promotora Ana Maria França Cavalcante de Oliveira, da 2ª Promotoria de Justiça de Bayeux (PB), o influenciador se utilizava de menores em performances sexualizadas para gerar engajamento e faturar em plataformas digitais.

As investigações apontam que Hytalo mantinha um grupo de jovens – muitos deles menores de idade – em uma residência em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, oferecendo apoio financeiro em troca da participação nos conteúdos que produzia.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux (PB). Na operação, a polícia apreendeu oito celulares e também confiscou uma Land Rover do casal. A prisão aconteceu depois de a Justiça entender que eles tentavam fugir.

O delegado Fernando Davi, do Departamento de Investigações Criminais (DEIC), afirmou que os dois viajaram de carro da Paraíba até São Paulo e havia indícios de que planejavam deixar o país.

A defesa, por sua vez, nega a versão da polícia e diz que Hytalo e Israel já estavam em São Paulo há um mês para cumprir compromissos de trabalho.