Julgamento de Bolsonaro: Fux deverá divergir de denúncia da PGR e do provável voto de Moraes
Durante o julgamento, Moraes abrirá a sessão com a leitura de seu relatório, no qual deve repetir todas as provas colhidas e produzidas no processo. O momento oportuno para eventuais pedidos de vista será após o voto dele.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, teria sinalizado a aliados que não pretende atrasar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, marcado para 2 de setembro, mas que deve divergir do relator Alexandre de Moraes.
Nos bastidores, havia expectativa de que Fux pedisse vista por 90 dias, o que poderia empurrar o desfecho do caso para 2026. Porém, segundo informações repassadas à CNN, ele já indicou a duas fontes que não pretende segurar o processo, mas que questionará pontos da denúncia da Procuradoria-Geral da República e deve contrariar a linha dura de Moraes, que busca aplicar a pena máxima a Bolsonaro.
Entre os principais pontos de dúvida de Fux estaria a tentativa de vincular a reunião de Bolsonaro com embaixadores, na qual fez críticas ao sistema de urnas eletrônicas, aos eventos de 8 de janeiro de 2023. Além disso, haveria outras discordâncias em relação às acusações.
Na última sexta-feira, o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, confirmou que o julgamento começará em 2 de setembro e se estenderá em sessões extraordinárias nos dias 2, 3, 9, 10 e 12. Além de Bolsonaro, outros sete réus do chamado "núcleo 1" também serão julgados no processo que trata da alegada tentativa de golpe em 2022.
Durante o julgamento, Moraes abrirá a sessão com a leitura de seu relatório, no qual deve repetir todas as provas colhidas e produzidas no processo. O momento oportuno para eventuais pedidos de vista será após o voto dele.
Até o momento, Luiz Fux não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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