Filha de fotógrafo demitido dispara: “A verdade precisa ser dita”
Segundo Lara, o trabalho de seu pai foi entregue imediatamente ao jornal. “Foram três fotogramas que meu pai conseguiu registrar e logo em seguida enviou para o Estadão. Não foi na capa do jornal. Logo depois, uma imagem que surpreendeu muita gente. E detalhe: o Estadão vendeu essa foto para outros veículos de comunicação, como a Folha de S.Paulo, e foi a Folha que colocou na capa — não o Estadão”, explicou.

O fotógrafo Alex Silva, de 63 anos, foi demitido do jornal O Estado de S. Paulo no dia 6 de agosto, poucos dias após registrar uma cena constrangedora do ministro do STF, Alexandre de Moraes, durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, em São Paulo.
A imagem mostra Moraes fazendo um gesto obsceno em direção a torcedores. O episódio ganhou ainda mais repercussão depois que a filha do fotógrafo, Lara Prado, usou as redes sociais para expor a situação e questionar a decisão do jornal.
“Eu sou a filha do fotógrafo que tirou essa foto aqui do ministro Alexandre de Moraes, e vou explicar toda a história pra vocês. Tudo começou na Neo Química Arena, em um clássico entre Corinthians e Palmeiras, no dia 30 de setembro. A redação informou ao meu pai que o ministro estaria presente em algum camarote, mas não especificou qual. Depois de muito procurar, ele encontrou o ministro”, contou.
Segundo Lara, o trabalho de seu pai foi entregue imediatamente ao jornal. “Foram três fotogramas que meu pai conseguiu registrar e logo em seguida enviou para o Estadão. Não foi na capa do jornal. Logo depois, uma imagem que surpreendeu muita gente. E detalhe: o Estadão vendeu essa foto para outros veículos de comunicação, como a Folha de S.Paulo, e foi a Folha que colocou na capa — não o Estadão”, explicou.
Mesmo com mais de 30 anos de carreira e 23 deles dedicados ao Estadão, Alex foi dispensado de forma súbita. “Uma semana depois da publicação, meu pai foi chamado à sede do jornal e informado de que seria desligado por ‘motivos administrativos’, sem maiores explicações”, relatou a filha.
O caso levanta sérias dúvidas sobre a pressão e a censura envolvendo figuras do Judiciário brasileiro.
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