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Maduro entra em desespero e proíbe uso de drones após pressão dos EUA

A medida ocorre em meio à escalada de tensões entre Caracas e Washington. Na segunda-feira (18), os Estados Unidos enviaram navios de guerra para a costa venezuelana em uma operação contra o narcotráfico na região, mobilizando 4.000 marinheiros e fuzileiros navais.

Maduro entra em desespero e proíbe uso de drones após pressão dos EUA
Maduro entra em desespero e proíbe uso de drones após pressão dos EUA (Foto: Reprodução)

O regime de Nicolás Maduro anunciou, nesta terça-feira (19), um decreto que proíbe por 30 dias — com possibilidade de prorrogação — qualquer atividade envolvendo aeronaves não tripuladas e remotamente controladas, como drones e aeromodelos, em todo o território da Venezuela.

Na prática, a decisão veta a compra, venda, fabricação, importação, distribuição, treinamento, registro e operação civil desses equipamentos, além da comercialização de peças e componentes. A única exceção será para o uso restrito pelas forças de segurança pública e defesa nacional.


“O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), como Autoridade Aeronáutica da República Bolivariana da Venezuela e órgão que regula o uso de aeronaves e supervisiona as atividades aeronáuticas civis, será responsável por fazer cumprir esta diretiva, em coordenação com os órgãos de segurança e defesa do Estado”, informou a ditadura chavista.

A medida ocorre em meio à escalada de tensões entre Caracas e Washington. Na segunda-feira (18), os Estados Unidos enviaram navios de guerra para a costa venezuelana em uma operação contra o narcotráfico na região, mobilizando 4.000 marinheiros e fuzileiros navais. Além disso, no início de agosto, o governo norte-americano dobrou a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro, de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões). Washington acusa o ditador de ser peça-chave no tráfico internacional de drogas e de representar grave ameaça à segurança dos EUA.

“Maduro usa organizações criminais internacionais, como El Tren de Aragua, Sinaloa e Cártel de los Soles, para trazer drogas mortais e violência ao nosso país. Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da justiça e será responsabilizado por seus crimes desprezíveis”, afirmou a procuradora-geral Pam Bondi.


Enquanto evita responder diretamente às acusações, Maduro anunciou que pretende mobilizar 4,5 milhões de integrantes da milícia bolivariana como forma de enfrentar os Estados Unidos. Em evento recente com governadores e prefeitos, o ditador ainda falou em um “plano especial de segurança para defender o território e a soberania do país”. “Fuzis e mísseis para a força camponesa, para a classe operária”, declarou.

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