Tarcísio escolhe ex-ministro de Bolsonaro para o TCE
A vaga no TCE surgiu após a aposentadoria antecipada do presidente da Corte, Antônio Roque Citadini. Embora estivesse prevista para 2 de setembro, a saída foi adiantada porque ele pretende disputar a presidência do Corinthians, cuja eleição está marcada para o dia 25 de agosto.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), já definiu seu indicado para o Tribunal de Contas do Estado: o controlador-geral paulista, Wagner Rosário. A nomeação será publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (20), junto com o anúncio do substituto de Rosário: Rodrigo Fontenelle, atual controlador-geral de Minas Gerais desde o início do governo de Romeu Zema (Novo), em 2019.
Ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) durante o governo de Jair Bolsonaro, Rosário esteve nesta terça-feira (19) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para dialogar com os deputados e buscar apoio. Apesar de a escolha ser prerrogativa do governador, cabe ao Legislativo sabatinar e aprovar o nome. Nos bastidores, a avaliação é de que não haverá resistência, já que Tarcísio conta com ampla maioria entre os parlamentares.
Aliados destacam que a decisão do governador foi “técnica”, sem qualquer cálculo eleitoral imediato. Rosário é auditor de carreira da CGU e comandou a pasta tanto no governo Michel Temer (MDB) quanto no governo Bolsonaro, entre 2017 e 2022.
Havia ainda outra possibilidade em debate: indicar o secretário da Casa Civil, Arthur Lima, para o TCE. Nesse cenário, Rosário assumiria a Casa Civil. Segundo interlocutores, ele chegou a demonstrar disposição em aceitar o cargo, mas ponderou que só toparia caso houvesse segurança de permanência até 2026 – já que, se optar por disputar a Presidência, Tarcísio terá de deixar o Palácio dos Bandeirantes em abril daquele ano. Por ora, o governador garante: “serei candidato à reeleição”.
Rodrigo Fontenelle, que assumirá a Controladoria paulista, tem perfil semelhante ao de Rosário. Também auditor da CGU, ele já chefiou a Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério do Planejamento entre 2016 e 2018.
A vaga no TCE surgiu após a aposentadoria antecipada do presidente da Corte, Antônio Roque Citadini. Embora estivesse prevista para 2 de setembro, a saída foi adiantada porque ele pretende disputar a presidência do Corinthians, cuja eleição está marcada para o dia 25 de agosto.
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