Frei Chico, irmão de Lula, pode ter sigilo quebrado pela CPMI do INSS
Frei Chico ocupa, desde junho de 2023, a vice-presidência do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), alvo de investigação da Polícia Federal por supostos descontos indevidos em aposentadorias. Em abril, a entidade já havia sofrido buscas e apreensões após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar crescimento suspeito no número de filiados.

Poucas horas após ser instalada, a CPMI do INSS já acumula 253 requerimentos. A maioria deles foi apresentada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), que busca investigar a fundo as denúncias de irregularidades envolvendo entidades ligadas ao INSS e pessoas próximas ao presidente Lula.
Entre os pedidos, estão a quebra dos sigilos bancário e fiscal de José Ferreira da Silva, o “Frei Chico”, irmão de Lula e sindicalista de longa data; do ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi (PDT); e do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, além de outros nomes ligados ao esquema.
Frei Chico ocupa, desde junho de 2023, a vice-presidência do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), alvo de investigação da Polícia Federal por supostos descontos indevidos em aposentadorias. Em abril, a entidade já havia sofrido buscas e apreensões após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar crescimento suspeito no número de filiados.
Mesmo diante dos indícios, a Advocacia-Geral da União (AGU) optou por deixar o Sindnapi — e outras três entidades suspeitas — fora das ações judiciais para recuperar valores. A própria AGU, entretanto, afirmou que nada impede que a entidade seja alvo no futuro.
Investigações também revelaram que a esposa do presidente do Sindnapi e o marido da coordenadora jurídica da entidade mantinham uma empresa que lucrava toda vez que aposentados tinham descontos aplicados pelo sindicato. A coluna obteve notas fiscais que somam R$ 4,1 milhões em comissões.
Além da quebra de sigilos de Frei Chico, já há requerimentos que atingem diretamente o Sindnapi, assim como pedidos de convocação do irmão de Lula para depor na CPMI.
Mas o Sindnapi não está sozinho. Outra entidade histórica da esquerda, a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares), também entrou na mira. Izalci Lucas apresentou pedidos para convocar e quebrar o sigilo de Aristides Veras dos Santos, atual presidente da Contag, além de dirigentes como Edjane Rodrigues Silva, secretária de Políticas Sociais, e Thaisa Daiane Silva, secretária-geral.
O senador ainda requereu a quebra dos sigilos bancários e fiscais da própria Contag no período entre janeiro de 2019 e julho de 2025, ampliando o cerco contra a rede de entidades que, segundo denúncias, se beneficiaram da máquina pública em prejuízo dos aposentados brasileiros.
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