Sob comando de Trump, EUA classificam cartéis como terroristas e ampliam ofensiva na América Latina

O USS Minneapolis-Saint Paul (LCS 21), um moderno navio de combate litorâneo, é frequentemente utilizado em operações contra o narcotráfico em alto-mar. Há poucas semanas, a embarcação esteve envolvida na apreensão de carregamentos de cocaína e maconha no Caribe.

Em meio às recentes advertências da administração de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, contra regimes e ameaças na América Latina, um navio de guerra norte-americano chegou nesta quarta-feira (20/8) às águas costeiras de Cuba. A movimentação foi confirmada pela Base Naval da Baía de Guantánamo (NSGB).

O USS Minneapolis-Saint Paul (LCS 21), um moderno navio de combate litorâneo, é frequentemente utilizado em operações contra o narcotráfico em alto-mar. Há poucas semanas, a embarcação esteve envolvida na apreensão de carregamentos de cocaína e maconha no Caribe.

De acordo com autoridades militares americanas, a presença da embarcação simboliza a “força, prontidão e o comprometimento” da Marinha dos EUA em “proteger a liberdade através dos mares”. A chegada do navio a Cuba acontece em um momento em que Washington, sob a liderança firme de Donald Trump, volta a direcionar seu foco estratégico para a América Latina e o Caribe.

O site especializado USNI News revelou ainda que outros três navios de guerra haviam sido enviados em direção à Venezuela, mas retornaram temporariamente devido à ameaça do furacão Erin, que avança pela Costa Leste dos Estados Unidos.

A Casa Branca já deixou claro que pode agir de forma mais dura na região, após mudanças nas políticas de combate ao tráfico internacional. Agora, os cartéis de drogas passaram a ser oficialmente classificados como organizações terroristas, o que abre caminho para o emprego de tropas americanas em diferentes países, sob o manto da “guerra ao terror”.

O principal alvo da postura firme de Trump é o ditador venezuelano Nicolás Maduro, acusado pelos EUA de chefiar o cartel de Los Soles. Washington oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do líder chavista. Paralelamente, três navios de guerra norte-americanos estão em deslocamento rumo à costa da Venezuela, transportando cerca de 4 mil militares. Até o momento, o objetivo final dessa movimentação ainda não foi revelado.