"Tem muita coisa para acontecer contra você ainda" : Marcos do Val desafia Moraes, faz live e corre risco de prisão
Durante mais de uma hora de transmissão, Do Val não se conteve. “Quanto mais crise você traz para mim, mais eu tenho tesão para ir para cima de você”, declarou, referindo-se a Moraes. Em outro trecho, acrescentou: “Tem muita coisa para acontecer contra você ainda”.

Na noite desta sexta-feira (22), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) realizou uma live em que fez duras críticas a Alexandre de Moraes, responsável pela proibição do parlamentar de usar suas redes sociais.
Durante mais de uma hora de transmissão, Do Val não se conteve. “Quanto mais crise você traz para mim, mais eu tenho tesão para ir para cima de você”, declarou, referindo-se a Moraes. Em outro trecho, acrescentou: “Tem muita coisa para acontecer contra você ainda”.
O senador também mostrou repetidamente a tornozeleira eletrônica que foi obrigado a usar desde 4 de agosto, medida determinada por Moraes após Do Val viajar aos Estados Unidos, desrespeitando a ordem do STF que havia mandado reter seu passaporte. O parlamentar conseguiu embarcar usando o documento diplomático, que ainda estava em sua posse.
Além da tornozeleira, o ministro do Supremo fixou recolhimento noturno e nos fins de semana, proibiu o uso das redes sociais, cancelou o passaporte diplomático, bloqueou bens, salários, contas bancárias, chaves Pix e cartões de crédito de Do Val — inclusive a verba de gabinete foi congelada. Moraes afirmou que a conduta do senador representou “absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário” e que ele “burlou as medidas cautelares impostas”.
O parlamentar é investigado por publicações contra policiais federais envolvidos no inquérito sobre a suposta ‘tentativa de golpe de 2022 e 2023’. Esse processo motivou a apreensão do passaporte e todas as restrições aplicadas desde agosto de 2024.
A situação de Do Val tem elevado a tensão entre Senado e Supremo. Nos bastidores, líderes do Senado estudam transferir para o Legislativo a responsabilidade pelas punições, com a possível suspensão do mandato decidida pela Mesa Diretora. A medida só seria viável porque o senador conta com poucos aliados e acumula histórico de embates com a Corte.
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