Moraes determina extradição de ex-assessor Eduardo Tagliaferro
O pedido foi enviado ao Itamaraty, que será o responsável por formalizar a solicitação junto ao governo da Itália, onde Tagliaferro atualmente reside.

STF aciona Itamaraty para formalizar extradição junto ao governo italiano
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Ministério da Justiça protocole o pedido de extradição de seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta sexta-feira.
O pedido foi enviado ao Itamaraty, que será o responsável por formalizar a solicitação junto ao governo da Itália, onde Tagliaferro atualmente reside.
Acusações graves contra ex-assessor de Moraes
Tagliaferro é acusado de:
Violação de sigilo funcional;
Coação no curso do processo;
Obstrução de investigação;
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
De acordo com a PGR, ele teria vazado informações confidenciais obtidas durante sua atuação no gabinete de Moraes no TSE, com o objetivo de obstruir investigações e favorecer interesses próprios e de terceiros.
Declarações polêmicas nas redes sociais
Em postagens feitas nas redes sociais, Tagliaferro afirmou ter “bastante coisa contra o ministro” e prometeu revelar os bastidores do gabinete de Moraes:
“Destruiu minha vida e a de várias pessoas”
Denúncia aponta conexão com organização criminosa
A PGR indicou que os fatos ocorreram entre 15 de maio de 2023 e 15 de agosto de 2024. Nesse período, Tagliaferro teria:
Revelado diálogos sigilosos à imprensa;
Revelado diálogos sigilosos à imprensa;
Atendido interesses ilícitos de organização criminosa;
Tentado minar a credibilidade do sistema de votação eletrônica, do STF e do TSE;
Participado de iniciativas para tentar golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito.
Indiciamento pela Polícia Federal no caso Vaza Toga
Em abril, a Polícia Federal (PF) indiciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional com dano à administração pública, no contexto do escândalo conhecido como Vaza Toga.
Segundo a PF:
Tagliaferro atuava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE;
Praticou o crime de forma consciente e voluntária;
Revelou à esposa que havia repassado informações ao jornal Folha de S.Paulo.
“O diálogo deixou evidente que Eduardo divulgou ao jornalista informações que foram obtidas enquanto ele trabalhava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Estas informações deveriam ser mantidas em sigilo”, afirma o relatório da PF.
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