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Bancos rejeitam pedido do STF para agir contra sanções dos EUA

A medida dos EUA foi determinada em julho de 2025 pelo presidente Donald Trump, que aplicou a Lei Magnitsky para sancionar Moraes por “violações de direitos humanos”. O ministro teve cartões de crédito bloqueados e foi proibido de realizar transações financeiras com empresas vinculadas ao sistema americano.

Bancos rejeitam pedido do STF para agir contra sanções dos EUA
Bancos rejeitam pedido do STF para agir contra sanções dos EUA (Foto: Reprodução)

Nos últimos dias, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se movimentaram nos bastidores para tentar salvar Alexandre de Moraes das sanções impostas pelos Estados Unidos. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, eles buscaram apoio dos grandes bancos brasileiros, pressionando as instituições financeiras para interceder junto ao governo americano contra a aplicação da Lei Magnitsky. A tentativa, no entanto, foi rejeitada pelos bancos.

A medida dos EUA foi determinada em julho de 2025 pelo presidente Donald Trump, que aplicou a Lei Magnitsky para sancionar Moraes por “violações de direitos humanos”. O ministro teve cartões de crédito bloqueados e foi proibido de realizar transações financeiras com empresas vinculadas ao sistema americano.

No Brasil, Flávio Dino tentou minimizar os efeitos da decisão, declarando que “leis estrangeiras não têm validade automática no país” — uma manobra interpretada como proteção direta a Moraes. Mesmo assim, bancos brasileiros correm o risco de sofrer punições internacionais caso ignorem as sanções determinadas por Washington.

O Banco do Brasil, por exemplo, chegou a cancelar o cartão internacional de Moraes e oferecer um Elo, bandeira considerada 100% nacional. Porém, até mesmo a Elo segue regras que impedem a emissão de cartões para clientes que tenham sido oficialmente sancionados pelos EUA.


Enquanto isso, os maiores bancos privados, como Itaú, Bradesco, Santander e BTG, preferiram o silêncio. O Nubank declarou apenas que “avalia a situação”, e a Febraban segue sem posição definida.


A repercussão já bateu forte no mercado financeiro: após a decisão de Dino, o Ibovespa caiu 2,1% e os bancos perderam aproximadamente R$ 40 bilhões em valor de mercado. O Banco do Brasil foi o que mais sentiu o impacto, registrando queda de 6% em apenas um pregão.

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