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Colômbia: adolescente que matou pré-candidato de direita a presidente é condenado

O jovem foi acusado de tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A pena máxima para esses crimes seria de oito anos, mas a condenação efetiva ficou em sete, uma diferença que indignou ainda mais a sociedade.

Colômbia: adolescente que matou pré-candidato de direita a presidente é condenado
Colômbia: adolescente que matou pré-candidato de direita a presidente é condenado (Foto: Reprodução)

Um adolescente de 15 anos foi condenado nesta quarta-feira (27) pelo assassinato covarde do senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos. O crime ocorreu em 7 de junho, durante um ato político em Bogotá. Uribe resistiu por dois meses, mas morreu no último dia 11 de agosto.


Apesar da gravidade do atentado, a Justiça aplicou ao menor apenas sete anos de reclusão em um centro especializado para adolescentes. De acordo com o jornal El Tiempo, o criminoso foi capturado logo após o ataque, quando tentava fugir de motocicleta. A pistola utilizada foi uma Glock 9mm.

O advogado da família, Víctor Mosquera, condenou a decisão judicial e denunciou que a legislação colombiana acaba premiando criminosos que se escondem atrás da menoridade para escapar de punições reais:

“Segundo a Lei da Criança e do Adolescente, uma das penas mais severas foi imposta: 84 meses. Respeitamos a decisão, mas essa pena jamais se compara à vida que ele tirou ou à dor que causou. Essa lei incentiva o crime a usar menores sem punição real e efetiva.”


A comoção na Colômbia é enorme. Cresce a revolta popular contra a benevolência do sistema judicial, que trata assassinos de sangue frio como “vítimas sociais”, mesmo quando cometem crimes políticos.


Pena poderia ser maior

O jovem foi acusado de tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A pena máxima para esses crimes seria de oito anos, mas a condenação efetiva ficou em sete, uma diferença que indignou ainda mais a sociedade.


Durante as investigações, o adolescente confessou que teria recebido 20 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 27 mil) para participar do atentado. Ele está sob custódia da Agência de Bem-Estar Familiar, responsável por conduzir o caso.

As autoridades identificaram ainda outros acusados na trama criminosa: Carlos Eduardo Mora (“El Veneco”), Katerine Andrea Martínez (“Gabriela”), William Fernando González, Cristian Camilo González e Elder José Arteaga, este último apontado como o mentor intelectual do assassinato.


O caso escancara a fragilidade da lei colombiana, que protege criminosos juvenis enquanto famílias inteiras choram por vítimas inocentes da violência política.

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