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Moraes determina vistorias em veículos que saírem da casa de Bolsonaro

Nesta semana, Moraes já havia ordenado que Bolsonaro fosse monitorado em tempo integral por equipes da Polícia Penal. O ex-presidente está submetido a tornozeleira eletrônica.

Moraes determina vistorias em veículos que saírem da casa de Bolsonaro
Moraes determina vistorias em veículos que saírem da casa de Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu neste sábado (30) endurecer ainda mais a vigilância sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A nova determinação obriga a Polícia Penal do Distrito Federal a realizar medidas adicionais de monitoramento na residência do ex-presidente.


Entre as ordens de Moraes, está a vistoria de todos os veículos que saírem da casa de Bolsonaro, incluindo os porta-malas. Além disso, cada movimento deverá ser registrado detalhadamente: “registro de veículos, motoristas e passageiros, e os relatórios devem ser enviados ao tribunal”.


O ministro também exigiu que os agentes façam fiscalização presencial na parte externa da residência. Moraes justificou a medida atendendo a uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou haver “imóveis contíguos nas duas laterais e nos fundos, o que causa a existência de pontos cegos”.


Vigilância 24 horas


Nesta semana, Moraes já havia ordenado que Bolsonaro fosse monitorado em tempo integral por equipes da Polícia Penal. O ex-presidente está submetido a tornozeleira eletrônica.

A Polícia Federal também solicitou participação no monitoramento. Em um ofício, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou a possibilidade de falhas no equipamento: o sinal da tornozeleira pode cair, o que abriria “tempo hábil para que o custodiado empreendesse uma fuga”.


Suspeita de asilo político

Rodrigues ainda informou ao STF sobre um suposto alerta vindo de setores ligados ao PT, segundo o qual haveria um “risco concreto da fuga de Bolsonaro”. O documento afirma que o ex-presidente poderia tentar entrar na Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 15 minutos de sua casa em Brasília, e dali pedir asilo político ao governo do presidente Donald Trump.

Segundo o parecer encaminhado ao Supremo, “chegaram ao conhecimento público e institucional informações sobre risco concreto de fuga do acusado, notadamente a possibilidade de tentativa de evasão para o interior da Embaixada dos Estados Unidos da América – e posteriormente solicitar asilo político – situada a aproximadamente dez minutos de seu domicílio em Brasília. Tal circunstância poderia frustrar o cumprimento da ordem judicial e comprometer a aplicação da lei penal”.

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