Criminoso com longa ficha suja confessou assassinato de três mulheres na Bahia

Documentos revelam que, ainda em 2020, ele havia sido citado em um boletim de ocorrência de desaparecimento feito pela coordenadora de uma unidade de acolhimento da prefeitura de Vitória da Conquista. Na época, constava que Thierry fazia uso de “medicação controlada” e sofria de problemas mentais.

O Brasil volta a ser palco de mais uma tragédia que expõe o caos da criminalidade e o abandono social. O jovem Thierry Lima da Silva, de 23 anos, investigado por ter assassinado brutalmente três mulheres na Praia dos Milionários, em Ilhéus (BA), já carregava um histórico de violência, drogas e problemas psicológicos.

Documentos revelam que, ainda em 2020, ele havia sido citado em um boletim de ocorrência de desaparecimento feito pela coordenadora de uma unidade de acolhimento da prefeitura de Vitória da Conquista. Na época, constava que Thierry fazia uso de “medicação controlada” e sofria de problemas mentais.

Mesmo com esse histórico, o rapaz continuou livre pelas ruas. Seu passado inclui passagens por tráfico de drogas, furtos, lesão corporal e violência doméstica. Um dos registros da Justiça o acusava de ter agredido uma adolescente de apenas 15 anos com um soco no rosto. O processo, porém, acabou arquivado em 2023 por falta de provas.

Thierry também havia sido levado à Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes em 2018, quando adolescente, e detido após ser flagrado com uma motocicleta roubada. Além disso, foi encontrado na companhia de uma garota que estaria vendendo drogas.

No último dia 15 de agosto, ele confessou ter matado Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41, e a jovem Mariana Bastos da Silva, de 20 anos – mãe, filha e amiga que haviam saído para caminhar na praia com um cachorro e desapareceram. Após a confissão, sua prisão preventiva foi decretada em 25 de agosto.

Entretanto, a história terminou de forma inesperada: a Polícia Civil informou que Thierry morreu no dia 21 de agosto, vítima de politraumatismo, enquanto estava internado no Hospital Costa do Cacau.

O caso levanta debates sobre a falta de punição efetiva, o descaso com reincidentes e a impunidade que assombra o país, onde criminosos com longas fichas continuam circulando livremente até cometer crimes ainda mais bárbaros.