Eduardo diz que família deixará o PL se Tarcísio entrar
Eduardo também sinalizou que pode ser o primeiro nome da direita a lançar uma pré-candidatura à Presidência da República. Ele afirmou que faria campanha diretamente dos Estados Unidos, onde vive desde março, usando apenas as redes sociais.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deixou claro que sua família pode deixar o Partido Liberal caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se filie à sigla. A declaração foi feita nesta sexta-feira (29), em entrevista ao portal Metrópoles.
Eduardo também sinalizou que pode ser o primeiro nome da direita a lançar uma pré-candidatura à Presidência da República. Ele afirmou que faria campanha diretamente dos Estados Unidos, onde vive desde março, usando apenas as redes sociais.
– Qualquer pessoa que esteja apta, com seus direitos políticos, consegue concorrer. Como você iria fazer a campanha, são outros quinhentos. Talvez, a primeira campanha virtual da história do País. Mas acredito que até lá teremos aprovado uma anistia para corrigir essa injustiça – disse o parlamentar.
O filho 03 de Jair Bolsonaro criticou a movimentação de alguns aliados da direita que já se articulam para substituir o ex-presidente, lembrando que “não é a hora” de antecipar a disputa de 2026. Segundo ele, o debate só deve acontecer no ano da eleição.
Na última segunda-feira (25), o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), ventilou o nome de Tarcísio como possível presidenciável. No mesmo dia, Valdemar Costa Neto declarou que, caso concorra, o governador paulista poderia disputar pelo PL.
– Se o meu pai não puder se candidatar, eu gostaria de sair candidato. Se Tarcísio vir para o PL, não terei espaço. Estou no meu terceiro mandato, sei como a banda toca – afirmou Eduardo.
Ele já havia admitido, em ocasiões anteriores, que aceitaria ser candidato apenas se fosse um pedido direto de Bolsonaro, chegando a dizer que “se sacrificaria” por isso.
Sobre a inelegibilidade do pai, condenado pelo TSE e proibido de disputar eleições até 2030, Eduardo ressaltou que a situação pode mudar caso o Congresso aprove uma anistia aos investigados do 8 de janeiro.
– Se Bolsonaro puder sair candidato, ele será o candidato. Todo mundo fala isso. Até mesmo os governadores democráticos durante evento da XP, o próprio (Ronaldo) Caiado, o Ratinho, e o Tarcísio, todos reconhecem que Bolsonaro é o maior líder político do Brasil. Então, se houver anistia, ele pode, sim, tentar reverter a inelegibilidade dele e sair candidato – declarou.
Eduardo também confirmou que segue exercendo o mandato na Câmara. Na quarta-feira (27), ele participou por videoconferência de uma subcomissão, mesmo sem ser membro e sem convite formal.
Na entrevista, disse ter esperança de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorize oficialmente sua atuação remota a partir dos Estados Unidos. No entanto, Motta já descartou essa possibilidade no início do mês. Desde março, o deputado não registra presença em votações presenciais.
Apesar disso, Eduardo defendeu manter seu gabinete e a remuneração dos assessores, reforçando que pode trabalhar normalmente à distância:
– Eu acho que o ideal é a gente pressionar o Hugo Motta para que seja dada uma solução. A solução tecnológica já existe. Eu consigo perfeitamente exercer o meu mandato, consigo fazer participação nas comissões – disse.
Comentários (0)