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Vice de Maduro ameaça os EUA: “Seremos a sua calamidade, seremos o seu pesadelo”

A dirigente chavista insistiu que os venezuelanos estariam unidos e dispostos a lutar para “garantir a soberania nacional”. Segundo ela: “Estamos prontos para defender a Venezuela em união nacional, em paz e tranquilidade, para garantir o nosso futuro.

Vice de Maduro ameaça os EUA: “Seremos a sua calamidade, seremos o seu pesadelo”
Vice de Maduro ameaça os EUA: “Seremos a sua calamidade, seremos o seu pesadelo” (Foto: Reprodução)

Em meio à crescente tensão entre Caracas e Washington, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, fez declarações inflamadas contra os Estados Unidos na sexta-feira (29), durante um evento no estado de Carabobo. O discurso ocorreu no contexto de um mutirão de alistamento militar, convocado pelo regime chavista, para “defender” o país de supostas ameaças vindas da maior potência do mundo.

“Seremos a sua calamidade, seremos o seu pesadelo, e isso também significará a instabilidade de todo este continente. Por isso, o apelo é pela paz. Acalmem-se, senhores falcões dos Estados Unidos”, afirmou Rodríguez, numa clara provocação ao governo do presidente Donald Trump.

A dirigente chavista insistiu que os venezuelanos estariam unidos e dispostos a lutar para “garantir a soberania nacional”. Segundo ela: “Estamos prontos para defender a Venezuela em união nacional, em paz e tranquilidade, para garantir o nosso futuro. Que aqueles que estão no Norte [EUA], que pensam em uma agressão militar contra a Venezuela, saibam que vão se dar muito mal.”


Rodríguez acusou Washington de fabricar “uma das calúnias mais terríveis” para justificar uma possível intervenção militar, alegando que o verdadeiro interesse dos EUA seria se apoderar das reservas de petróleo e gás do país. “A questão do arquiteto do ‘narcoestado’ é simplesmente uma grande calúnia. Mas não é novidade: é um padrão histórico dos EUA intervir em países que não são aliados, sempre que querem roubar seus recursos naturais”, disse, relembrando ainda o golpe fracassado de 2002 contra Hugo Chávez.


Ela também atacou o bloqueio econômico imposto pelos EUA, culpando-o pela crise humanitária e pela migração em massa de venezuelanos. Mesmo assim, declarou que “o que vai acontecer aos EUA será ainda pior. Se se atreverem a uma agressão, será muito pior para eles”.

A tensão se intensificou dias antes, quando Nicolás Maduro acusou os EUA de violarem o Tratado de Tlatelolco (1967) — que proíbe armas nucleares na América Latina — após o envio de navios lança-mísseis e tropas de fuzileiros para a região. Em resposta, a Casa Branca deixou claro que está preparada para “usar todo o seu poder” no combate ao narcotráfico, reforçando a presença militar no Caribe com 4.000 fuzileiros, aviões-radar e destróieres antimísseis.

Diante do risco de escalada, até o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo em 21 de agosto para que Estados Unidos e Venezuela busquem uma solução pacífica.

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