PF vê possibilidade de Bolsonaro pular muro de casa, diz colunista

Segundo a apuração, essa seria a brecha pela qual Bolsonaro poderia acessar a casa de um vizinho, entrar em um carro, se abaixar e sair sem qualquer revista na portaria — já que os veículos não estavam sendo inspecionados.

A Polícia Federal teria produzido um relatório sobre o condomínio onde vive o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no qual avaliou possíveis rotas de fuga caso ele tentasse sair do local. Segundo informações divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o documento afirma que Bolsonaro poderia pular o muro de vizinhos e chegar discretamente até a Embaixada dos Estados Unidos — a apenas 10 minutos de distância de sua casa.

De acordo com a jornalista, os agentes utilizaram drones para elaborar croquis do entorno. O estudo apontou que a residência de Bolsonaro é cercada por dois vizinhos nas laterais e três nos fundos. Dessa forma, enquanto a vigilância conseguiria observar movimentos pelos lados, não teria visão da parte traseira do imóvel.

Segundo a apuração, essa seria a brecha pela qual Bolsonaro poderia acessar a casa de um vizinho, entrar em um carro, se abaixar e sair sem qualquer revista na portaria — já que os veículos não estavam sendo inspecionados.

Na semana passada, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, chegou a pedir que agentes fossem posicionados dentro da casa do ex-presidente, numa medida vista por aliados como mais uma forma de constrangimento contra o líder conservador.

A DECISÃO DE ALEXANDRE DE MORAES

Neste sábado (30), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou mudanças no esquema de vigilância. Agora, agentes da Polícia Penal do Distrito Federal deverão revistar os carros que entram e saem, inclusive porta-malas, além de registrar os dados de motoristas e passageiros. Todas essas informações terão de ser enviadas diariamente à Justiça.

A medida foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) sugerir maior controle no entorno da casa de Bolsonaro, mas sem a presença de agentes no interior da residência. Mesmo assim, Moraes ampliou a vigilância sobre o ex-presidente.