Tarcísio diz que, se for presidente, 1º ato é indulto a Bolsonaro
O governador defendeu ainda a anistia aos condenados por 8 de janeiro e destacou que o Congresso tem a prerrogativa de construir uma saída política para o país.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que, caso chegue à Presidência da República, sua primeira medida seria conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada em entrevista ao Diário do Grande ABC, publicada nesta sexta-feira (29).
– Na hora. Primeiro ato [o indulto]. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado – afirmou Tarcísio, em clara crítica às perseguições judiciais contra Bolsonaro.
Apesar da declaração, o governador voltou a reforçar que não tem planos de disputar a eleição presidencial em 2026:
– Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro. Todo governador de São Paulo é presidenciável, pelo tamanho do estado, um estado muito importante. Mas vamos pegar na história recente qual foi o governador de São Paulo que se tornou presidente da República: o último foi Jânio Quadros e o penúltimo foi Washington Luís – disse.
Tarcísio também deixou claro que não confia mais no sistema judicial brasileiro e questionou a narrativa contra Bolsonaro, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima terça-feira (2), acusado de suposta tentativa de golpe.
– Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto – declarou.
O governador defendeu ainda a anistia aos condenados por 8 de janeiro e destacou que o Congresso tem a prerrogativa de construir uma saída política para o país.
– A gente tem falado com partidos, acredito muito em uma saída política via Congresso, e o Congresso tem que ter sua prerrogativa respeitada para construir uma solução política. Essa solução (anistia) não é novidade, esteve presente em outros momentos do Brasil – afirmou, citando episódios históricos, do período colonial até o movimento de 1964.
Na entrevista, Tarcísio também cobrou uma postura mais firme do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que a anistia seja pautada em plenário:
– Entendo que os presidentes da Casa têm que submeter isso à vontade do plenário, e não pode ter interferência de outro poder – concluiu.
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