Governo teme sanções dos EUA por condenação de Bolsonaro

Mesmo tentando posar de firme contra Washington, Lula autorizou na última quinta-feira (28) que o Itamaraty acione a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para iniciar consultas e possíveis retaliações, utilizando a chamada Lei da Reciprocidade Econômica, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos EUA sobre diversos setores e produtos brasileiros.

Às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governo Lula (PT) está em alerta com a possibilidade de novas sanções vindas dos Estados Unidos, segundo informações da CNN Brasil.

O processo contra o maior líder da direita no Brasil terá início nesta terça-feira (2), às 9h, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria de Alexandre de Moraes — ministro já alvo de sanções do governo Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky.

Mesmo tentando posar de firme contra Washington, Lula autorizou na última quinta-feira (28) que o Itamaraty acione a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para iniciar consultas e possíveis retaliações, utilizando a chamada Lei da Reciprocidade Econômica, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos EUA sobre diversos setores e produtos brasileiros.

Na prática, porém, o petista sabe que bater de frente com a maior potência econômica do planeta é um jogo perdido. Nos bastidores, já circulam especulações de como Donald Trump poderá endurecer contra autoridades brasileiras em caso de condenação de Bolsonaro. O consenso é claro: as sanções virão — e dificilmente serão leves.