Advogado de Trump reage e acusa governo Lula de calar Malafaia

Em publicação no X, ele acusou a gestão petista de usar o aparato estatal como arma política para silenciar opositores.

O advogado Martin De Luca, que representa a Trump Media e a plataforma Rumble nos Estados Unidos, denunciou neste domingo (31/8) a perseguição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o pastor Silas Malafaia. Em publicação no X, ele acusou a gestão petista de usar o aparato estatal como arma política para silenciar opositores.

“Um pastor se manifesta veementemente contra Lula e Moraes e, em vez de responder às críticas, o governo brasileiro envia uma notificação judicial à igreja do pastor por violações fiscais. Uma guerra jurídica clássica, repetidas vezes”, afirmou De Luca.

O advogado ainda criticou a forma como o governo lida com as denúncias de censura. Segundo ele, a administração petista deveria “abordar os méritos do que o pastor está argumentando sobre censura” em vez de recorrer a “repressão e guerra jurídica”.

A reação acontece depois de vir a público que a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, liderada por Malafaia, foi alvo de autuação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em abril deste ano. O órgão alegou supostas irregularidades trabalhistas, como a falta de pagamento da multa de 40% do FGTS a 91 demitidos sem justa causa e a ausência de depósitos referentes ao FGTS de 88 ex-funcionários.

A resposta de Malafaia

O pastor rebateu as acusações, afirmando que pagou as multas administrativas e que os autos de infração foram arquivados. “Só porque atrasei um mês, eles vieram atrás de mim. Um mês! Querendo dar multa, coisa e tal. Ai, meu Deus do Céu, me ajuda!”, disse.

Ele explicou ainda que negociou o parcelamento das pendências, conforme a lei prevê, e que contesta judicialmente cobranças que considera abusivas. “Teve uma multa de R$ 66 mil que era legítima e nós pagamos. Teve uma Notificação de Débito de R$ 1,57 milhão, que entendemos não ser legítima e está sendo rebatida pelo escritório [de advocacia]”, relatou.

Dívidas em discussão

Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Malafaia acumula pouco mais de R$ 17 milhões em dívidas ativas cobradas pela União. O pastor, no entanto, afirma que parte desses valores está em negociação e sendo paga. A própria Assembleia de Deus Vitória em Cristo também possui débitos com o governo, dos quais cerca de R$ 4 milhões já estão parcelados.