Gleisi ataca Tarcísio por defender Bolsonaro e revela desespero do PT
Na tentativa de defender Lula, Gleisi comparou a fala do governador às primeiras medidas do petista em seu terceiro mandato, como a volta do Bolsa Família e a revogação de decretos assinados por Bolsonaro.

Neste domingo (31), a ministra petista Gleisi Hoffmann partiu para o ataque contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após ele declarar que concederia indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso chegasse à Presidência da República. A fala foi dada em entrevista ao Diário do Grande ABC, divulgada na última sexta-feira (29).
Em publicação na rede social X, Gleisi disparou que a posição de Tarcísio representaria “submissão” ao ex-presidente. – “Ao anunciar que seu primeiro ato se fosse presidente seria indultar Bolsonaro, Tarcísio confirma que seu chefe é culpado e que eles não respeitam o estado de direito nem a Justiça” – escreveu a ministra, repetindo o discurso de criminalização contra Bolsonaro.
Na tentativa de defender Lula, Gleisi comparou a fala do governador às primeiras medidas do petista em seu terceiro mandato, como a volta do Bolsa Família e a revogação de decretos assinados por Bolsonaro. Para ela, a diferença estaria entre “um presidente que pensa no povo” e “um candidato fantoche que serve aos interesses de seu chefe”.
Já Tarcísio deixou claro que considera as acusações contra Bolsonaro “absolutamente desarrazoadas” e afirmou que daria o indulto “na hora”, caso ocupasse a Presidência. Ele destacou ainda não acreditar em qualquer fundamento jurídico que sustente uma condenação do ex-presidente, que será julgado nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da repercussão, Tarcísio negou que tenha intenção de disputar a Presidência em 2026.
– “Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro” – reforçou.
O governador também defendeu uma anistia para os condenados no chamado “golpe de Estado”. Para ele, cabe ao Congresso construir uma saída política, sem interferência de outros poderes.
– “Essa solução não é novidade, esteve presente em outros momentos do Brasil” – afirmou.
Tarcísio ainda cobrou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque em votação a proposta de anistia. Segundo o governador, essa decisão deve ser submetida “à vontade da Casa”.
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