União Brasil e PP abandonam governo Lula apoiam anistia a Bolsonaro
Parlamentares do União Brasil, contudo, argumentam que, de fato, apenas Celso Sabino foi indicação direta do partido, enquanto os demais nomes teriam sido fruto da articulação pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Nesta terça-feira (2), o União Brasil e o Progressistas (PP) oficializaram a formação da federação União Progressista e anunciaram a saída imediata do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo os líderes partidários, a ordem é clara: “Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto. Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”.
O impasse maior está entre os ministros. Integrantes do PP e do União Brasil relataram resistência em entregar os cargos. Atualmente, o União Brasil ocupa três pastas na Esplanada dos Ministérios — Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Regional). Já o PP tem André Fufuca no Esporte.
Parlamentares do União Brasil, contudo, argumentam que, de fato, apenas Celso Sabino foi indicação direta do partido, enquanto os demais nomes teriam sido fruto da articulação pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Diante disso, Sabino avalia até mesmo pedir licença ou sair do União Brasil para tentar se manter no comando do Ministério do Turismo.
A movimentação de ruptura não é surpresa. Desde agosto, quando os dois partidos selaram a aliança, as críticas ao governo Lula já vinham sendo feitas às claras. Na ocasião, os ataques a Lula deixaram André Fufuca visivelmente constrangido, embora ele tenha garantido “apoio pessoal” ao petista.
Enquanto isso, Antonio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP) já dialogam com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, sobre alianças estratégicas e as eleições de 2026.
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