Tagliaferro revela que governo Trump já analisa provas contra Moraes e STF
Tagliaferro contou que os arquivos foram enviados há cerca de uma semana e que chegou a conversar diretamente com representantes do Departamento de Estado norte-americano. Segundo ele, as autoridades dos EUA perguntaram quem seriam os aliados mais próximos de Moraes.
O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, voltou a expor nesta quarta-feira (3) o que considera perseguição política orquestrada pelo Judiciário brasileiro. Segundo ele, documentos com provas dessas ações já foram enviados aos Estados Unidos, sob a gestão do presidente Donald Trump, e também ao Parlamento Europeu.
“Todo o material foi encaminhado ao governo dos Estados Unidos e já está aqui em andamento no Parlamento europeu. Eu não tive resposta ainda [dos EUA]. O que eu tive de resposta é que, com base nisso, mais pessoas serão sancionadas”, declarou em entrevista ao Contexto Metrópoles.
Tagliaferro contou que os arquivos foram enviados há cerca de uma semana e que chegou a conversar diretamente com representantes do Departamento de Estado norte-americano. Segundo ele, as autoridades dos EUA perguntaram quem seriam os aliados mais próximos de Moraes.
“Eu informei todas as pessoas mais próximas do ministro Alexandre de Moraes. Então seriam assessores, seriam juízes de dentro do seu gabinete”, afirmou.
Na terça-feira (2), durante audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado, o ex-assessor já havia confirmado que entregou os mesmos documentos a autoridades dos EUA:
“Todo material apresentado a essa comissão, que eu tenho comigo, já foi entregue para as autoridades americanas para que eles tomem providências em relação ao Supremo Tribunal Federal, ao Alexandre de Moraes e à Procuradoria-Geral da República.”
Durante a sessão, Tagliaferro também revelou supostas manipulações internas no TSE, apresentando provas de que relatórios tiveram datas adulteradas para dar aparência de legalidade a operações da Polícia Federal. Ele disse ainda que precisou fingir participar do esquema para reunir evidências.
As denúncias causaram forte reação entre senadores da oposição, que passaram a defender a suspensão imediata do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do STF. Além disso, parlamentares pediram que o caso seja levado a organismos internacionais e cobraram a abertura de uma CPI para investigar a conduta de ministros do Judiciário.
Na próxima sexta-feira, 5 de setembro, o Pleno Time terá uma edição especial, o Esquenta da Independência, transmitido ao vivo das 12h às 17h pelo canal do Pleno.News no YouTube. O evento contará com nomes de peso como Michelle Bolsonaro, pastor Silas Malafaia e Deltan Dallagnol.
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