Moraes rebate denúncias de Tagliaferro: “Tudo regular”
De acordo com o perito, o documento original foi criado em 28 de agosto de 2022, às 10h33, mas apareceu oficialmente no processo com a data de 22 de agosto. “A adulteração foi feita para não transparecer que a Polícia Federal agiu somente com base em notícia jornalística”, declarou.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a ser alvo de denúncias explosivas. Seu ex-assessor, o perito Eduardo Tagliaferro, afirmou em audiência no Senado que Moraes teria adulterado documentos para justificar operações da Polícia Federal.
Tagliaferro, que atualmente está na Itália, apresentou provas à Comissão de Segurança Pública nesta terça-feira (2). Segundo ele, uma petição assinada por Moraes teve a data alterada para encobrir que uma ação da PF havia sido desencadeada apenas a partir de uma reportagem da imprensa.
De acordo com o perito, o documento original foi criado em 28 de agosto de 2022, às 10h33, mas apareceu oficialmente no processo com a data de 22 de agosto. “A adulteração foi feita para não transparecer que a Polícia Federal agiu somente com base em notícia jornalística”, declarou.
Em resposta, a assessoria de Moraes afirmou que todos os procedimentos seguiram a legalidade e que relatórios do TSE foram produzidos dentro de suas competências institucionais. A nota do ministro justifica que os documentos enviados à PF se referiam a postagens ilícitas em redes sociais, ligadas a investigações de “milícias digitais”, fake news e supostas tentativas de golpe contra a democracia.
Segundo Moraes, “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”.
O ministro ainda destacou que, no caso específico da PET 10.543, a tramitação teria ocorrido de forma idêntica a outros processos, com solicitação de relatório ao TSE em 19 de agosto, juntado aos autos em 29 do mesmo mês.
Enquanto isso, cresce a pressão política diante de acusações que colocam em xeque a imparcialidade de um dos homens mais poderosos do Judiciário brasileiro.
Comentários (0)