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Eduardo Tagliaferro leva dossiê contra Moraes aos EUA e pressiona por punição internacional

Na última quarta-feira, em entrevista ao Metrópoles, Tagliaferro revelou que já encaminhou ao Departamento de Estado norte-americano todos os documentos que embasam suas acusações contra Moraes.

Eduardo Tagliaferro leva dossiê contra Moraes aos EUA e pressiona por punição internacional
Eduardo Tagliaferro leva dossiê contra Moraes aos EUA e pressiona por punição internacional (Foto: Reprodução)

A equipe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está acompanhando de perto as denúncias explosivas feitas por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, durante audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado.


De acordo com a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, um representante do governo americano declarou: “Estamos cientes das alegações apresentadas por Eduardo Tagliaferro durante audiência pública no Senado brasileiro”. Os documentos levados por Tagliaferro podem colocar antigos colaboradores de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na mira de Washington. Sanções direcionadas à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, estariam prestes a ser anunciadas dentro do escopo da Lei Magnitsky, que pune envolvidos em corrupção e violações de direitos humanos.

Na última quarta-feira, em entrevista ao Metrópoles, Tagliaferro revelou que já encaminhou ao Departamento de Estado norte-americano todos os documentos que embasam suas acusações contra Moraes.


Assim como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), o ex-assessor pretende ampliar a pressão internacional e buscar que as sanções também sejam aplicadas na Europa. Ambos devem se reunir na Itália, onde Tagliaferro vive atualmente.

O gabinete de Moraes, no Supremo Tribunal Federal, respondeu às denúncias com uma nota oficial, afirmando que o ministro apenas cumpriu a lei ao ordenar operações contra empresários ligados ao bolsonarismo em 2022. Segundo o texto:


**“O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações dos Inq 4781 (Fake News) e Inq 4878 (milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições.

Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais. Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviados à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.


Na PET 10.543, o procedimento foi absolutamente idêntico. Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi solicitado relatório para o TSE, que foi juntado aos autos no dia 29 de agosto, tendo sido dada vista imediata às partes. O recurso da PGR não foi conhecido pelo STF, em 9 de setembro. Tudo regular e oficialmente nos autos.”**

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