“Se não votarem, nós vamos parar o Congresso”, dispara Valdemar Costa Neto sobre anistia
Na entrevista, o dirigente também comentou sobre as recentes críticas ao ministro Alexandre de Moraes, feitas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que o chamou de “tirano” em ato no 7 de Setembro.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta terça-feira (9) que o partido está disposto a “parar” o Congresso Nacional caso a anistia aos perseguidos do 8 de Janeiro não seja votada. Em entrevista à Rádio Eldorado, ele destacou que já conta com maioria para aprovar a proposta e reforçou que a medida precisa ser “ampla, geral e irrestrita”.
– Se não votarem a anistia, nós vamos parar o Congresso. Hoje temos maioria para isso. Não queríamos dar prejuízo ao país, evidentemente que não, mas nós vamos ter que parar, porque nós não temos outra arma, e nós temos que fazer alguma coisa – declarou.
Quando questionado sobre a possibilidade de o PL flexibilizar o texto para atender à resistência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) – que rejeita a anistia “ampla, geral e irrestrita” –, Valdemar foi categórico: não haverá concessões.
Na entrevista, o dirigente também comentou sobre as recentes críticas ao ministro Alexandre de Moraes, feitas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que o chamou de “tirano” em ato no 7 de Setembro.
– Meu advogado me orientou a não atacar nenhum ministro do Supremo e ele tem razão nisso, nós temos que respeitar o Supremo, mas é uma loucura o que está acontecendo – disse, considerando a reação de Tarcísio como “natural”.
Valdemar ainda celebrou a presença da bandeira dos Estados Unidos na Avenida Paulista durante as manifestações da Independência, ato que foi criticado pelo pastor Silas Malafaia, que levantou suspeita de “armação da esquerda”.
– [Não foi um erro], pelo contrário, porque nós temos esperança de que o Trump possa ajudar o Bolsonaro – afirmou.
– Adorei quando vi a bandeira americana na rua. Por quê? (…) Isso vai chegar para o Trump, para ele ver que o povo brasileiro não é contra os americanos, que nós os queremos do nosso lado, e precisamos dele hoje, porque não temos a quem recorrer.
Por fim, Valdemar descartou que o PL siga a mesma estratégia do PT em 2018, quando Lula foi registrado mesmo preso. Segundo ele, o partido aposta na aprovação da anistia para devolver os direitos políticos de Bolsonaro. Porém, caso isso não aconteça, caberá ao próprio ex-presidente indicar quem será o candidato e o vice na disputa.
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