URGENTE: Moraes vota pela condenação de Bolsonaro e aliados por “golpe de Estado” no STF
Em sua fala, Moraes alegou que as provas apresentadas em juízo confirmariam, sem “margem de dúvidas”, que todos os acusados tinham acesso direto àquele que ele chamou de “líder da organização criminosa”, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, discursou por mais de cinco horas nesta terça-feira (9) e pediu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além dele, Moraes também apontou como culpados sete aliados, entre militares da ativa, da reserva e ex-integrantes do governo.
Em sua fala, Moraes alegou que as provas apresentadas em juízo confirmariam, sem “margem de dúvidas”, que todos os acusados tinham acesso direto àquele que ele chamou de “líder da organização criminosa”, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Moraes, – “a atuação delitiva e a prática de atos executórios pela organização criminosa iniciaram-se com a utilização de órgãos públicos, para construção e divulgação de uma falsa e ilícita versão sobre vulnerabilidade das urnas eletrônicas e falta de legitimidade da justiça eleitoral, com a finalidade de gerar instabilidade institucional e caos social” – declarou.
Moraes votou para que os oito réus (Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Mauro Cid) sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
Sobre os crimes de dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, o ministro decidiu pela condenação de sete dos oito acusados, excluindo apenas o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), já que o processo contra ele nesses pontos foi suspenso pela Câmara dos Deputados.
O julgamento prossegue com os votos dos demais ministros da Primeira Turma. O próximo a se manifestar será Flávio Dino.
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