URGENTE: Trump está disposto a ‘usar meios militares’ para ‘proteger a liberdade de expressão’ diz Casa Branca sobre eventual condenação de Bolsonaro
A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, quando Leavitt foi questionada sobre possíveis medidas adicionais contra o Brasil e países da Europa.
 
															A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça-feira (9/9) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, quando Leavitt foi questionada sobre possíveis medidas adicionais contra o Brasil e países da Europa.
Segundo ela, Trump acompanha de perto a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta nesta semana o risco de ser condenado no Supremo Tribunal Federal (STF). “O presidente está considerando ação adicional, dado que o julgamento vai terminar com uma condenação contra o Bolsonaro, o que o impedirá de concorrer as eleições”, disse.
A porta-voz destacou que Trump e sua administração tratam o tema como prioridade. “É por isso que temos tomado uma ação significativa com respeito ao Brasil, em forma de sanções, e também no uso de tarifas para garantir que países ao redor do mundo não punam seus cidadãos assim”, declarou.
O clima político entre Brasília e Washington se intensificou desde o fim de agosto, quando se aproximava o julgamento de Bolsonaro. O governo Lula reagiu ao tarifaço americano acionando a Lei de Reciprocidade. Já no STF, Alexandre de Moraes abriu a sessão afirmando que a Corte não aceitará intimidações. Segundo ele, a “soberania nacional não seria vilipendiada ou extorquida” e que o “STF sempre será inflexível na defesa da soberania nacional”.
Nos últimos meses, o Supremo tem sido alvo direto de críticas do presidente Donald Trump, que acusa a Corte de conduzir uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro. Em julho, Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, classificando a medida como resposta a ações do governo Lula que, segundo ele, representam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.
Em comunicado oficial, Washington denunciou a existência de “perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais movidos pelo Governo do Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores”, apontando Alexandre de Moraes como responsável por “ameaçar, perseguir e intimidar milhares de opositores políticos”.
No dia 30 de julho, a Casa Branca aplicou contra Moraes a chamada Lei Magnitsky — legislação de 2016 que permite sanções unilaterais dos EUA contra estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção. Com isso, Moraes teve bens e interesses bloqueados sob jurisdição americana, medida que pode impactar operações em bancos e serviços internacionais.
 
        
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