cover
Tocando Agora:

Alcolumbre e Motta freiam anistia em semana de julgamento no STF

Na Câmara, após reunião dos líderes nesta terça-feira (9/9), ficou decidido que o tema só será tratado na próxima semana. O Centrão já sinalizou resistência à ideia de uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, defendida pelo PL de Bolsonaro.

Alcolumbre e Motta freiam anistia em semana de julgamento no STF
Alcolumbre e Motta freiam anistia em semana de julgamento no STF (Foto: Reprodução)

Na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) avança no julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as lideranças do Congresso Nacional voltaram a esfriar a discussão sobre a anistia aos presos políticos do 8 de janeiro. Tanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), quanto o da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixaram claro que não pretendem levar adiante a proposta agora, dando um claro recado à base bolsonarista.


Na Câmara, após reunião dos líderes nesta terça-feira (9/9), ficou decidido que o tema só será tratado na próxima semana. O Centrão já sinalizou resistência à ideia de uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, defendida pelo PL de Bolsonaro. A alternativa em estudo é uma versão desidratada do projeto, que excluiria o ex-presidente e parte dos patriotas condenados.

Outro ponto de atenção é que a única convergência até agora está relacionada à urgência de se votar a proposta — mas não ao conteúdo dela. Hugo Motta ainda avalia trocar o relator, o que resultaria em um texto de “anistia light”, expressão usada para indicar uma medida limitada, que deixaria Bolsonaro e outros condenados de fora.

No Senado, Alcolumbre tem repetido a aliados que não vai pautar nada enquanto houver “gritaria” em torno do assunto. Ele até aventou a possibilidade de apresentar um texto próprio de anistia restrita, mas o clima de instabilidade política com o julgamento de Bolsonaro no STF fez recuar. A avaliação nos bastidores é que ele teme perder o comando da Casa, assim como Motta é acusado de ter perdido o controle da Câmara.

Comentários (0)