“Mensalão é que foi abolição do Estado democrático de Direito”, diz Fux
No voto, Fux questionou até mesmo a legitimidade da 1ª Turma para conduzir o processo, destacando que o caso deveria ser analisado pelo Plenário do STF.
Durante o julgamento da narrativa de “golpe de Estado”, nesta quarta-feira (10), a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu duras declarações do ministro Luiz Fux. Ele afirmou que “o mensalão, sim, foi uma abolição do Estado democrático de Direito”. Segundo o magistrado, o esquema do PT tinha como meta “dominar o Parlamento e controlar a qualquer custo o exercício do poder estatal”.
No voto, Fux questionou até mesmo a legitimidade da 1ª Turma para conduzir o processo, destacando que o caso deveria ser analisado pelo Plenário do STF. Ao relembrar o escândalo do mensalão, o ministro foi categórico: “Buscavam, por meios escusos e ilícitos, mediante condutas criminosamente articuladas, corromper o exercício do poder, ultrajar a dignidade das instituições republicanas, apropriar-se da coisa pública, dominar o Parlamento e controlar a qualquer custo o exercício do poder estatal. Isso sim, é abolição do Estado democrático”.
Nomeado pela ex-presidente petista Dilma Rousseff, Fux surpreendeu ao votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro de todas as acusações forjadas contra ele. Até o momento, o placar está em 2 a 1 pela condenação do líder da direita brasileira, restando ainda os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
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