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Jair Bolsonaro sorri e acena na varanda de casa em Brasília

A defesa do ex-presidente destacou que ele demonstrou interesse em comparecer ao julgamento presencialmente no STF, mas foi desaconselhado por razões de saúde.

Jair Bolsonaro sorri e acena na varanda de casa em Brasília
Jair Bolsonaro sorri e acena na varanda de casa em Brasília (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceu nesta quinta-feira (11) em frente à sua residência em Brasília, no dia seguinte ao voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o absolveu da chamada “trama golpista”. Sorridente, o líder conservador acenou aos apoiadores, mas preferiu não dar declarações.


Ao lado dele estava Eduardo Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na noite anterior, Torres havia organizado uma vigília com apoiadores do ex-presidente nos arredores do condomínio. Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, já havia aparecido no local no início do julgamento, em 2 de setembro, quando afirmou estar acompanhando a sessão, sem responder a perguntas da imprensa.


A defesa do ex-presidente destacou que ele demonstrou interesse em comparecer ao julgamento presencialmente no STF, mas foi desaconselhado por razões de saúde.

Em um voto extenso de 12 horas, Fux decidiu condenar apenas o tenente-coronel Mauro Cid, réu confesso, e o general Walter Braga Netto, único que segue preso. Mesmo assim, a condenação proposta foi restrita a apenas um dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Sobre Bolsonaro, Fux foi claro: não existe prova de que o ex-presidente tenha colocado em prática qualquer plano de ruptura institucional. Para o ministro, o que houve foi apenas uma “vaga cogitação”, e “atos preparatórios” não podem ser tratados como crime.


– “É desarrazoado equiparar palavras a atos efetivos de violência” – afirmou Fux.


Já os ministros Alexandre de Moraes, relator da ação, e Flávio Dino votaram pela condenação de Bolsonaro e dos demais réus. Ainda faltam os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, com previsão de encerramento do julgamento nesta sexta-feira (12).


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