Ministros do STF serão “punidos severamente”, diz deputado dos EUA
Segundo McCormick, a decisão foi tomada por “um painel fraudado de cinco juízes, que incluía Alexandre de Moraes — um violador de direitos humanos sancionado e conhecido odiador de Bolsonaro —, um ex-advogado pessoal de Lula e um ex-ministro da Justiça de Lula”.

O deputado republicano Rich McCormick voltou a disparar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em publicação no X, o congressista dos EUA deixou claro que ministros da Corte e membros do Congresso brasileiro serão “punidos severamente”.
Segundo McCormick, a decisão foi tomada por “um painel fraudado de cinco juízes, que incluía Alexandre de Moraes — um violador de direitos humanos sancionado e conhecido odiador de Bolsonaro —, um ex-advogado pessoal de Lula e um ex-ministro da Justiça de Lula”.
O parlamentar destacou que Bolsonaro foi condenado “simplesmente por questionar a integridade da eleição brasileira de 2022” e que a sentença foi aplicada “sem a menor evidência de que ele seja culpado de qualquer crime”.
McCormick não poupou palavras ao classificar os ministros do STF como “bandidos criminosos”, afirmando que não merecem sequer “ser chamados de seres humanos decentes ou de ministros”. Para ele, apenas o ministro Luiz Fux reconheceu que o processo contra Bolsonaro é, na verdade, uma “guerra política” para destruir o ex-presidente e perseguir seus apoiadores.
Ao final da publicação, o congressista ecoou as palavras do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e reforçou que “os Estados Unidos não tolerarão a nova descida do Brasil ao totalitarismo”. McCormick avisou: “A América está com o povo brasileiro, a Justiça está chegando e, podem ter certeza, Moraes e todos os que permitem seus abusos no Supremo e no Congresso brasileiro serão severamente punidos. O mundo está observando.”
Histórico de McCormick
Em março, McCormick e a deputada Maria Elvira Salazar já haviam enviado uma carta à Casa Branca pedindo a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Na época, ele ressaltou que a permanência “do congressista mais votado do Brasil e filho do ex-presidente Bolsonaro” em solo americano evidenciava uma “deterioração alarmante da democracia no maior país da América do Sul”.
Os parlamentares exigiram de Rubio e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fossem impostas punições contra o “ditatorial juiz da Suprema Corte do Brasil Alexandre de Moraes” e seus “cúmplices” nas “violações dos princípios democráticos e direitos humanos”.
O documento ainda alertava que Moraes representava uma ameaça direta aos EUA, citando suas ordens de censura contra as plataformas X e Rumble.
Governo Trump endurece discurso
Na quinta-feira (11), o secretário de Estado Marco Rubio publicou a posição oficial do governo Trump diante da condenação de Bolsonaro. Ele acusou Moraes de perseguição política: “as perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro”. Rubio assegurou que “os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também reagiu:
“Assisti ao julgamento, conheço-o [Bolsonaro] muito bem. Como líder estrangeiro, achei que ele era um bom presidente do Brasil. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem, e não vejo isso acontecendo.”
Vale lembrar que não é a primeira vez que Trump e Rubio ameaçam sanções contra o Brasil. Alexandre de Moraes já foi sancionado sob a Lei Magnitsky, e outros sete ministros do STF tiveram seus vistos americanos suspensos recentemente.
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