Socialismo empurra venezuelanos para o Brasil: músico luta para recomeçar no Acre
A trajetória de Yeinson reflete a realidade de milhares de venezuelanos que fogem do colapso promovido pelo socialismo em seu país e chegam ao Acre em busca de condições mais dignas. Ele destaca que a solidariedade dos brasileiros tem sido essencial nesta fase inicial.

Em meio à crise humanitária causada pelo regime socialista da Venezuela, o venezuelano Yeinson Antonio decidiu buscar no Brasil uma chance de recomeço. Há pouco mais de um mês no país, ele encontrou na música uma forma de sustento e tem se apresentado diariamente no trânsito de Rio Branco, usando o trompete para chamar a atenção de motoristas e pedestres.
Após alguns dias na capital, Yeinson seguiu para Brasileia, no interior, mas não abandonou a música — hoje sua principal fonte de sobrevivência. “Com o que arrecado consigo manter o básico”, afirma. O trompetista ainda disponibiliza um Pix (47) 99615-6208 para quem quiser contribuir com sua permanência no Brasil.
A trajetória de Yeinson reflete a realidade de milhares de venezuelanos que fogem do colapso promovido pelo socialismo em seu país e chegam ao Acre em busca de condições mais dignas. Ele destaca que a solidariedade dos brasileiros tem sido essencial nesta fase inicial.
Explosão de pedidos de refúgio no Acre
Segundo a plataforma DataMigra, ligada ao Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), o Acre recebeu 1.397 pedidos de reconhecimento de refúgio em 2024, dos quais apenas 302 foram aprovados. Destes, 97% eram de venezuelanos, um reflexo direto da miséria e da instabilidade no país vizinho.
Os municípios de fronteira, como Assis Brasil e Epitaciolândia, concentram a maior parte desses refugiados. O reconhecimento legal concede direitos básicos e abre a possibilidade de reconstruírem suas vidas longe do caos instaurado pelo socialismo bolivariano.
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