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Geração de empregos despenca mais de 40% em um ano

O número representa uma queda brusca de 41,2% em relação a julho de 2024, quando foram abertos 13.829 postos. No Nordeste, foram registradas 39 mil vagas, mas ainda assim houve retração em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Geração de empregos despenca mais de 40% em um ano
Geração de empregos despenca mais de 40% em um ano (Foto: Reprodução)

A geração de empregos com carteira assinada no Brasil segue em ritmo instável e causa alerta em diferentes setores. Dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam que, em julho deste ano, a região Norte criou apenas 8.128 vagas formais — o pior resultado entre todas as regiões do país.


O número representa uma queda brusca de 41,2% em relação a julho de 2024, quando foram abertos 13.829 postos. No Nordeste, foram registradas 39 mil vagas, mas ainda assim houve retração em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A economista Cristina Helena Mello explicou o fenômeno:

“Com o pós-pandemia houve uma reconfiguração nos padrões dos empregos, com busca de mão de obra mais qualificada e digitalização dos processos de trabalho para permitir a mesma entrega em uma quantidade menor de mão de obra”, destacou.

No Norte, a redução vem desde 2022, dois anos após o auge da pandemia. Considerando todo o Brasil, a queda em julho foi de 32% frente a 2024, e, quando comparado a 2022, o recuo é ainda mais preocupante: 42,6%.



No acumulado dos sete primeiros meses de 2025, o saldo positivo de empregos chegou a 1,347 milhão. O setor de serviços e a indústria foram os que mais contrataram, enquanto agropecuária e comércio ficaram para trás.

Outro dado preocupante é o salário médio de contratação: em julho ficou em R$ 2.277,51, com perda real de poder de compra quando comparado tanto ao mês anterior quanto a julho de 2024.

Para o professor de economia do Ibmec Brasília, Renan Silva, o caminho exige ação estratégica.

“É essencial investir em políticas públicas que promovam desenvolvimento regional, como incentivo fiscal, mas principalmente na capacitação profissional, além da tão desejada infraestrutura adequada”, ressaltou.

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