Condenação de Heleno a 21 anos de prisão chocou Exército
A trajetória de Heleno é marcada por respeito dentro das Forças Armadas. Ele já comandou o Centro de Comunicação Social do Exército e foi chefe militar da Amazônia entre 2007 e 2009 — um dos postos mais estratégicos do país. Foi justamente nessa época que ele entrou em rota de colisão com o governo Lula ao criticar a política indigenista da esquerda.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o general Augusto Heleno a 21 anos de prisão caiu como uma bomba dentro do Exército. Muitos oficiais acreditavam em uma pena menor ou até mesmo na absolvição do general, acusado de “planejar um golpe de Estado” e de “atentar contra o Estado Democrático de Direito”.
“Foi um choque no Exército porque Heleno era um líder para a instituição. Foi comandante militar no Haiti e tinha a honraria de ter sido o primeiro colocado nas três escolas militares – o que não é algo muito comum”, afirmou a jornalista Mônica Gugliano, especialista em assuntos militares, ao Contexto Metrópoles.
A trajetória de Heleno é marcada por respeito dentro das Forças Armadas. Ele já comandou o Centro de Comunicação Social do Exército e foi chefe militar da Amazônia entre 2007 e 2009 — um dos postos mais estratégicos do país. Foi justamente nessa época que ele entrou em rota de colisão com o governo Lula ao criticar a política indigenista da esquerda.
Outro nome de peso também foi atingido pela decisão: o general Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa no governo Jair Bolsonaro, condenado a 19 anos de prisão. Segundo a apuração da jornalista, a reação entre os generais foi de “choque”.
Agora, os militares condenados ainda terão de enfrentar um novo julgamento no Superior Tribunal Militar (STM). O risco é de serem declarados indignos de permanecer no serviço ativo, o que poderia resultar na perda das patentes. Para os oficiais, essa medida é considerada ainda mais humilhante do que a própria condenação imposta pelo STF.
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