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Wall Street Journal afirma que Fux apontou falta de provas contra Bolsonaro

Embora não tenha mudado o resultado imediato da condenação, sua manifestação reforça brechas que podem ser usadas pelas defesas para questionar o processo e prolongar a disputa nos tribunais.

Wall Street Journal afirma que Fux apontou falta de provas contra Bolsonaro
Wall Street Journal afirma que Fux apontou falta de provas contra Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O voto do ministro Luiz Fux no julgamento da chamada “trama golpista” no Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma nova frente na batalha jurídica contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora não tenha mudado o resultado imediato da condenação, sua manifestação reforça brechas que podem ser usadas pelas defesas para questionar o processo e prolongar a disputa nos tribunais.


O julgamento no STF

A Ação Penal 2668 acusa Bolsonaro e aliados de uma suposta tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e outros crimes. A maioria dos ministros decidiu pela condenação, mas a divergência de Luiz Fux trouxe à tona inconsistências no processo.

Os pontos centrais levantados por Fux

O ministro destacou quatro aspectos que fragilizam a narrativa construída contra Bolsonaro:

Competência do STF – Parte dos acusados já não tinha foro privilegiado na época dos fatos, o que colocaria em xeque a legalidade do julgamento na Suprema Corte.

Cerceamento de defesa – A enxurrada de documentos adicionados ao processo em cima da hora teria prejudicado o direito de defesa.

Ausência de provas concretas – Fux afirmou que não há ligação direta de Bolsonaro com qualquer plano de golpe, rejeitando como frágeis discursos, entrevistas e reuniões usados como “provas”.


Nulidades processuais – Falhas graves na condução do processo poderiam até levar à sua anulação.

Repercussão internacional

O impacto foi imediato. O Wall Street Journal, um dos jornais mais respeitados dos Estados Unidos, destacou que o ministro Fux escancarou a “flagrante falta de provas” contra Bolsonaro. O artigo apontou que o julgamento no STF parece ter mais motivação política do que base jurídica sólida.


Próximos passos

Apesar de não anular automaticamente a condenação, o voto de Fux abre caminho para recursos como os embargos infringentes, que podem atrasar a decisão final e manter o debate político e jurídico aceso por muito mais tempo.

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