Sem citar condenação de Bolsonaro, Lula diz que 2025 é o ‘ano da verdade’
O petista declarou, ainda, que “quando um político não tem o que oferecer para o povo, ele mente”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (18) que 2025 é o “ano da verdade” no Brasil. O petista não citou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, na última semana, pela participação na suposta trama golpista.
“Este ano é o ano da verdade neste país. As pessoas podem mentir para uma, duas, três pessoas, até para elas mesmas, mas jamais conseguirão mentir para toda a sociedade. E é essa a verdade que queremos reestabelecer”, declarou Lula, em evento no Palácio do Planalto.
O STF (Supremo Tribunal Federal) condenou Bolsonaro, na última quinta (11), a 27 anos e três meses de prisão, com regime inicial fechado.
A Primeira Turma da corte entendeu que o ex-presidente cometeu cinco crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça; e deterioração de patrimônio tombado. Durante discurso na cerimônia desta quinta, Lula comparou o Brasil pós-Bolsonaro à Faixa de Gaza em meio ao conflito no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas. “Em 2023, este país estava como a Faixa de Gaza, estava destruído. Não tinha mais Ministério da Cultura, da Mulher, da Igualdade Racial… E dos poucos que tinham, tinha metade dos funcionários que tinha quando deixamos o governo, em 2010″, criticou.
O petista declarou, ainda, que “quando um político não tem o que oferecer para o povo, ele mente”.
Declarações anteriores
Não foi a primeira vez que Lula citou a Faixa de Gaza ao criticar Bolsonaro — as falas foram feitas em ao menos outras duas ocasiões.
“Este país, eu diria, o que eles fizeram nesses últimos [anos], depois do impeachment da Dilma, é o que o [primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza, na Palestina. O que eles fizeram com esse país foi um pouco isso”, afirmou em julho do ano passado, também durante evento.
Há três meses, Lula voltou a fazer a comparação, em entrevista a um podcast.
“Quando chegamos aqui, pegamos um país semidestruído. Eu, de vez em quando, olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que nós encontramos. Não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura. Tinha sido uma destruição proposital”, declarou.
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