Influenciador é preso após invadir arena em protesto contra touradas
A ação foi coordenada em parceria com a Peta France, conhecida organização internacional que milita pelos chamados “direitos dos animais”. Segundo Anissa Putois, diretora de comunicação do grupo
 
															O influenciador francês Jeremstar, cujo nome verdadeiro é Jérémy Gisclon, foi preso após invadir uma tourada em Nîmes, no sul da França, para protestar contra a prática. Com 2,5 milhões de seguidores no Instagram, ele entrou na arena exibindo uma faixa contra as touradas, mas rapidamente foi contido por seguranças, derrubado no chão e retirado à força do local.
“Eu odeio touradas. Não é arte, é tortura animal. Essa tradição desprezível deve ser abolida. Não entendo como esse espetáculo vergonhoso ainda é possível em 2025”, publicou o influenciador em suas redes sociais.
A ação foi coordenada em parceria com a Peta France, conhecida organização internacional que milita pelos chamados “direitos dos animais”. Segundo Anissa Putois, diretora de comunicação do grupo, “Estamos planejando essa ação com ele há vários meses”. Outros dois ativistas também acabaram presos, enquanto representantes da Peta aguardavam a liberação dos detidos na delegacia local.
Apesar de a lei francesa proibir a crueldade contra animais, as touradas permanecem autorizadas em cidades como Nîmes e Bayonne, onde são tratadas como parte da identidade cultural. Em 2022, chegou a ser discutida no Parlamento uma proposta de banimento nacional, mas a tentativa fracassou devido à forte resistência de deputados de regiões que ainda defendem a prática como símbolo histórico.
Vale lembrar que a tourada tem raízes profundas na Península Ibérica e atravessou séculos como expressão cultural — seus registros remontam ao Império Romano, quando combates entre animais e gladiadores eram populares. Já na França, a tradição se consolidou no século XIX, especialmente no sul, e até hoje divide opiniões entre defensores da cultura e militantes que acusam a prática de ser um espetáculo de sofrimento.
Em comunicado, a Peta France atacou as autoridades afirmando: “Punir aqueles que se opõem à violência enquanto permitem, ou mesmo celebram, a tortura de outros animais é uma vergonhosa violação da justiça”.
 
        
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