Trump diz que Charlie Kirk se tornou um ‘mártir pela liberdade’; funeral reuniu milhares em estádio
O presidente dos EUA afirmou que o país perdeu “um dos mais brilhantes de nosso tempo” e que Charlie Kirk foi “brutalmente assassinado por um monstro radicalizado e frio”. Para Trump, Kirk se tornou um “mártir” pela liberdade.
 
															O funeral do ativista conservador Charlie Kirk reuniu uma multidão em um estádio de futebol americano em Glendale, Arizona, neste domingo (21). A cerimônia, que teve tom político, começou por volta das 15h (horário de Brasília) e contou com cerca de 100 mil pessoas, segundo os organizadores.
O discurso mais aguardado foi o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Também subiram ao palco integrantes do governo, a viúva de Kirk e outras figuras de destaque da direita norte-americana. Elon Musk, dono da Tesla e aliado próximo de Trump, esteve presente.
O presidente dos EUA afirmou que o país perdeu “um dos mais brilhantes de nosso tempo” e que Charlie Kirk foi “brutalmente assassinado por um monstro radicalizado e frio”. Para Trump, Kirk se tornou um “mártir” pela liberdade. “Nosso maior evangelista da liberdade americana se tornou imortal. Agora ele é um mártir pela liberdade dos EUA”, disse o republicano. “Sei que falo por todos aqui quando digo que nenhum de nós jamais esquecerá Charlie Kirk. E a história também não o esquecerá.” Dezenas de milhares de pessoas vestindo vermelho, branco e azul participaram da cerimônia — que contou com um megaesquema de segurança. Durante o evento, predominaram músicas cristãs, enquanto fotos de Kirk eram exibidas em cavaletes pelos corredores do State Farm Stadium.
“Charlie Kirk amava a América com tudo o que tinha e, como vemos claramente hoje, a América amava Charlie Kirk”, acrescentou Trump. “Ele sempre conseguia atrair grandes multidões. Olhem para esta multidão hoje. Olhem o que está acontecendo.”
Em sua fala, o presidente dos EUA também prometeu dar continuidade ao trabalho de Kirk e voltou a insinuar que a “esquerda radical” seria responsável pelo assassinato do ativista.
“A violência vem, em grande parte, da esquerda”, afirmou, sem apresentar evidências. Suas declarações tiveram tom fortemente político, em contraste com a postura mais solene da maioria dos outros oradores. O vice-presidente JD Vance discursou antes de Trump. Próximo de Charlie Kirk, ele atribuiu ao amigo o mérito pelas vitórias dos republicanos nos últimos anos. Kirk foi morto com um tiro em 10 de setembro, durante um evento universitário em Utah. (leia mais abaixo)
“Toda a nossa administração está aqui, não apenas porque amávamos Charlie como amigo, mas porque sabemos que não estaríamos aqui sem ele”, disse Vance. “Charlie construiu uma organização que redefiniu o equilíbrio da nossa política.”
Kirk ficou conhecido como um dos jovens aliados políticos de Trump. Mais cedo, antes de seguir para o Arizona, o presidente ressaltou a influência do ativista e atribuiu a ele o mérito de mobilizar apoio aos republicanos por meio de seu movimento estudantil conservador.
“Ele fez um trabalho incrível e tinha grande influência sobre os jovens, porque eles o adoravam”, disse Trump. “Se você voltar 10 anos, aquelas faculdades eram lugares perigosos para conservadores, e agora estão fervendo.” A viúva de Kirk, Erika, discursou antes de Trump na cerimônia. Em um pronunciamento emocionado, ela afirmou perdoar o homem que matou seu marido.
“Eu o perdoo porque é isso que Cristo fez”, disse, sem mencionar Tyler Robinson, suspeito do crime. “A resposta ao ódio não é o ódio”, acrescentou.
Trump e Erika se abraçaram após os discursos.
Antes do início da cerimônia, os organizadores já previam que o estádio, com capacidade para mais de 73 mil pessoas, ficasse lotado. Por isso, um espaço adicional foi preparado em uma arena próxima para suportar as quase 100 mil pessoas.
Um alto funcionário do Departamento de Segurança Interna afirmou que o evento recebeu a classificação máxima de segurança — a mesma concedida a acontecimentos de grande relevância nacional, como o Super Bowl.
Um boletim policial obtido pela ABC News diz que a polícia local monitorou ameaças de “credibilidade desconhecida” sobre pessoas que compareceriam ao evento.
Na sexta-feira (19) um homem armado de 42 anos chegou a ser preso por ir ao local da cerimônia antes que as autoridades estabelecessem o esquema de segurança.
 
        
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