Má gestão e estradas precárias: estudo revela realidade alarmante no Norte do Brasil
Esses dados deixam claro que os problemas não se limitam às estradas em péssimo estado, mas também à má gestão e à falta de compromisso das autoridades locais, o que coloca em risco a vida de motoristas, passageiros e pedestres.
															Um levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), divulgado neste domingo (21), escancarou uma dura realidade: cinco estados da Região Norte estão entre os piores do Brasil em segurança viária.
O estudo IRIS 2025 (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança) avaliou pontos cruciais como infraestrutura, fiscalização, gestão pública e atendimento às vítimas. O resultado é alarmante: o Amazonas ocupa a última posição do país, com nota de apenas 1,86 em uma escala de 0 a 5.
O Pará ficou com 2,14 pontos, enquanto Amapá e Roraima registraram 2,29, e o Acre 2,57. Todos figuram entre os dez estados mais críticos do Brasil.
Esses dados deixam claro que os problemas não se limitam às estradas em péssimo estado, mas também à má gestão e à falta de compromisso das autoridades locais, o que coloca em risco a vida de motoristas, passageiros e pedestres.
O estudo analisou os sete pilares do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que inclui gestão da segurança, vias seguras, segurança veicular, educação para o trânsito, fiscalização, atendimento às vítimas e indicadores de mortalidade.
Na Região Norte, os principais gargalos são falhas graves de fiscalização, infraestrutura precária e socorro insuficiente às vítimas de acidentes.
O relatório ainda alerta que o baixo número de infrações registradas em alguns estados não significa mais segurança, mas sim falta de fiscalização e registros falhos. Como destaca o ONSV, isso cria “uma falsa impressão de que o trânsito está mais seguro, enquanto os riscos permanecem altos”.
Enquanto isso, regiões como o Centro-Oeste, Sul e Sudeste apresentaram melhores resultados. O Distrito Federal alcançou 4,00 pontos e o Rio Grande do Sul, 3,86, mostrando que é possível avançar quando há gestão séria e investimento correto.
O estudo ressalta a urgência de medidas firmes: investimentos em infraestrutura, campanhas educativas e gestão eficiente da segurança viária. Segundo o ONSV, “apenas com ações coordenadas será possível reduzir acidentes, salvar vidas e equilibrar os indicadores de segurança no trânsito em todo o país”.
        
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