Equador: guerra entre facções em presídio deixa 14 mortos e fuga em massa

Nesta segunda-feira (22), a polícia confirmou que 14 pessoas foram assassinadas em um confronto entre facções criminosas dentro de um presídio em Machala, no sudoeste do país. Entre os mortos está um agente penitenciário.

Um novo banho de sangue dentro do sistema prisional do Equador expôs mais uma vez o caos causado pelo domínio do narcotráfico sobre o país. Nesta segunda-feira (22), a polícia confirmou que 14 pessoas foram assassinadas em um confronto entre facções criminosas dentro de um presídio em Machala, no sudoeste do país. Entre os mortos está um agente penitenciário.

Os presídios equatorianos há anos se transformaram em verdadeiros quartéis-generais de cartéis de drogas, palco de massacres que já deixaram cerca de 500 detentos mortos desde 2021.

Segundo o coronel William Calle, comandante da região, os criminosos usaram "armas de fogo, bombas e granadas" durante o ataque, que durou cerca de 40 minutos. "Já assumimos o controle" da prisão em Machala, declarou Calle, ressaltando que a unidade, com capacidade para 600 presos, abrigava mais do que o dobro desde 2022.

O motim começou por volta das 2h da manhã (4h de Brasília), quando tiros e explosões chamaram a atenção dos guardas. Ao invadir o pavilhão, os criminosos executaram um agente penitenciário e chegaram a sequestrar outros policiais.

Os mortos pertenciam às facções Los Choneros e Los Lobos, dois dos grupos criminosos mais violentos do Equador. Até agora, 13 fugitivos foram recapturados, mas o número total de foragidos ainda não foi confirmado.

Esse cenário de terror não é novidade. Em 2021, o país viveu seu maior massacre prisional, quando mais de 100 detentos foram brutalmente assassinados em Guayaquil, em cenas transmitidas ao vivo nas redes sociais, com presos decapitados e queimados.