Haddad: “Lula fala com quem quiser, na hora que quer”
A declaração foi uma resposta ao deputado Evair de Melo (PP-ES), que questionou se Haddad pediria a Lula para permanecer nos Estados Unidos e se encontrar pessoalmente com o presidente Donald Trump na próxima semana.
															O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (24) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não precisa de lições de diplomacia de ninguém”. A declaração foi uma resposta ao deputado Evair de Melo (PP-ES), que questionou se Haddad pediria a Lula para permanecer nos Estados Unidos e se encontrar pessoalmente com o presidente Donald Trump na próxima semana.
– “Se aconteceu alguma coisa ontem (terça-feira, 23) que o senhor deveria até se envergonhar em relação ao presidente anterior, é a maneira como o presidente Lula é tratado no mundo inteiro, por todos os chefes de Estado” – disse Haddad.
– “Eu não vi o seu presidente cumprimentar um chefe de Estado, a não ser de forma vergonhosa, para falar ‘I love you’ para o presidente dos Estados Unidos” – disparou Haddad, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O curioso é que, um dia antes, Donald Trump destacou na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, que havia se encontrado com Lula e que os dois tiveram uma “química excelente”. Além disso, Trump confirmou que voltará a se reunir com o petista na semana seguinte, informação já validada pelo governo brasileiro.
Outro ponto de interesse é que a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Amanda Roberson, deixou claro que Trump está disposto a renegociar as tarifas de 50% aplicadas contra produtos brasileiros – algo que pode impactar diretamente o agronegócio, setor essencial para a economia nacional.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esse contato com Trump deve ocorrer por telefone, já que a agenda de Lula estaria apertada. Vale lembrar que encontros diretos com presidentes americanos sempre foram estratégicos para o Brasil: de Getúlio Vargas com Franklin Roosevelt na Segunda Guerra, a Juscelino Kubitschek com Dwight Eisenhower durante a Guerra Fria, tais reuniões definiram rumos políticos e econômicos de todo o continente.
        
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