CPMI do INSS vai ouvir o “Careca do INSS” nesta quinta
O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou a importância da oitiva: “Vamos ouvir com toda tranquilidade aquele que é considerado o principal organizador de todo esse esquema criminoso”, disse.
															A CPMI do INSS se prepara para uma audiência decisiva nesta quinta-feira (25). Os parlamentares vão ouvir o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “Careca do INSS”, preso pela Polícia Federal em 12 de setembro. Ele é apontado como um dos maiores operadores do esquema que drenava dinheiro público de aposentados e pensionistas, um crime que fere diretamente os mais vulneráveis do Brasil.
O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou a importância da oitiva: “Vamos ouvir com toda tranquilidade aquele que é considerado o principal organizador de todo esse esquema criminoso”, disse. Vale lembrar que o depoente já havia confirmado presença anteriormente, mas não compareceu. Desta vez, sua participação foi assegurada após compromisso firmado pelo advogado e autorização do ministro André Mendonça, do STF.
Além do depoimento, a CPMI vai analisar cerca de 30 requerimentos. Entre eles, está a convocação de Rodrigo Moraes, apontado como sócio da empresa Arpar, investigada por suspeita de lavar parte do dinheiro desviado.
Os parlamentares também devem votar pedidos que incluem:
convocação de presidentes de confederações ligados ao caso;
solicitações de informações a entidades;
dois requerimentos pedindo a prisão preventiva do advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues;
acesso a relatórios do Coaf sobre movimentações financeiras dele entre 2019 e 2024.
Casos de corrupção no INSS não são novidade. Desde os anos 90, operações da Polícia Federal já investigavam quadrilhas que fraudavam aposentadorias com documentos falsos. Só em 2003, a operação “Furacão” revelou um esquema que desviava milhões dos cofres da Previdência. Isso mostra que a corrupção na área é antiga, estruturada e reincidente.
Agora, com a CPMI, o Brasil espera que os culpados finalmente sejam responsabilizados. Afinal, cada centavo desviado é um golpe direto no bolso de aposentados que trabalharam a vida inteira e dependem de seus benefícios para sobreviver.
        
Comentários (0)