URGENTE: EUA cancelam visto da presidente do PSOL e geram mal-estar político e diplomático
O consulado americano teria dado três dias úteis para que a presidente do PSOL apresentasse explicações. A própria dirigente revelou ter recebido a notícia com espanto.
															O governo dos Estados Unidos decidiu cancelar o visto da presidente nacional do PSOL, em uma medida inesperada que abalou os bastidores da política brasileira. A decisão impede que a dirigente pise em solo americano e abriu espaço para um intenso debate sobre os possíveis motivos — até agora não esclarecidos por Washington.
Segundo informações, o visto teria sido revogado com base na Lei de Imigração e Nacionalidade, instrumento que dá ao governo norte-americano poder para negar ou retirar autorizações de entrada por razões de segurança, política externa ou violações de regras migratórias. O consulado americano teria dado três dias úteis para que a presidente do PSOL apresentasse explicações. A própria dirigente revelou ter recebido a notícia com espanto.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Paula Coradi declarou: “É um motivo político, não tem outro além desse. Não é um ataque pessoal, mas um ataque ao PSOL pelo nosso comprometimento com a soberania”, disse a psolista.
Reações no Brasil
A notícia correu rápido pelos corredores de Brasília. Parlamentares do PSOL apontam que a medida tem caráter político e veem nela um sinal de que os EUA querem limitar a atuação internacional de líderes da esquerda brasileira. Por outro lado, setores da oposição acreditam que o cancelamento pode estar relacionado às posições críticas do PSOL contra Washington e ao alinhamento histórico do partido com regimes de inspiração socialista.
Até o momento, a direção nacional do PSOL não apresentou uma nota oficial mais detalhada, mas lideranças internas tratam o episódio como um alerta para o que chamam de “tentativa de restringir a liberdade política de seus representantes”.
Impactos diplomáticos
O episódio pode obrigar o Itamaraty a se pronunciar oficialmente. Por se tratar da principal dirigente de um partido com representação no Congresso, diplomatas avaliam que o governo federal poderá cobrar explicações de Washington. Vale lembrar que decisões como essa não são inéditas: em várias ocasiões, os EUA já aplicaram restrições semelhantes a figuras políticas ligadas a ideologias consideradas hostis ao país, prática que reforça sua postura de vigilância internacional.
Especialistas em relações exteriores observam que o cancelamento de vistos pode ocorrer por diferentes razões: desde questões de segurança nacional até incompatibilidades ideológicas. No entanto, até agora não existe uma justificativa oficial para o caso.
Próximos passos
Ainda não está definido se a presidente do PSOL tentará recorrer da decisão junto às autoridades americanas. No Brasil, porém, o episódio já serve como combustível para o discurso de mobilização partidária e promete intensificar debates sobre soberania, autonomia política e os rumos da diplomacia brasileira frente aos Estados Unidos sob a liderança do presidente Donald Trump, que mantém postura firme contra movimentos de esquerda na América Latina.
Curiosidade histórica: a Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, criada em 1952, já foi usada para barrar a entrada de figuras ligadas ao comunismo e até de ativistas considerados ameaças à segurança americana durante a Guerra Fria. Esse detalhe mostra como a legislação atual mantém raízes no combate a ideologias que confrontam os valores norte-americanos.
        
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