Trump revoga visto de presidente aliado de Lula e faz a esquerda “surtar”
O Departamento de Estado foi direto ao classificar suas falas como “imprudentes e incendiárias”.
 
															Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a revogação do visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, após sua participação em um ato pró-Palestina em Nova Iorque. O Departamento de Estado foi direto ao classificar suas falas como “imprudentes e incendiárias”.
– “Mais cedo hoje [sexta, 26], o presidente colombiano Gustavo Petro se posicionou em uma rua de Nova Iorque e instou soldados americanos a desobedecerem ordens e incitarem a violência. Revogaremos o visto de Petro devido às suas ações imprudentes e incendiárias” – publicou o órgão em sua conta oficial no X.
O protesto, que contou com a presença do músico britânico Roger Waters, ficou marcado pelas palavras explosivas de Petro. Em tom agressivo, ele pediu que militares norte-americanos “não apontem suas armas para as pessoas. Desobedeçam as ordens de Trump. Obedeçam às ordens da humanidade”.
Num discurso ainda mais grave, Petro afirmou: – “Temos que responder nas ruas, com palavras e também com armas. É preciso formar um exército mais poderoso do que os Estados Unidos e Israel juntos”.
Já em Bogotá, no sábado (27), o líder colombiano confirmou a cassação do documento e reagiu dizendo que a medida “viola todas as regras de imunidade nas quais as Nações Unidas e sua Assembleia Geral se baseiam”. Ele acusou Washington de não respeitar o direito internacional e declarou que “a sede das Nações Unidas não pode permanecer em Nova Iorque”.
A polêmica não parou por aí. Na terça-feira (24), em discurso na Assembleia Geral da ONU, Petro atacou o presidente Donald Trump, acusando-o de ser “cúmplice de genocídio” em Gaza. Também defendeu que Trump fosse processado por supostamente ordenar ataques contra barcos de tráfico de drogas no Caribe.
Vale lembrar: os EUA têm histórico de endurecer contra o narcotráfico na região. Apenas no último mês, Washington enviou oito navios de guerra e um submarino para reforçar operações. Segundo dados oficiais, três embarcações vindas da Venezuela foram neutralizadas, resultando na morte de 14 envolvidos.
Curiosidade histórica: não é a primeira vez que a sede da ONU em Nova Iorque gera controvérsias. Já em 1947, quando a organização escolheu os EUA como anfitrião, vários países temiam que Washington usasse sua posição estratégica para influenciar decisões internacionais. Hoje, a fala de Petro reacende esse antigo debate, mas em tom de confronto aberto contra o governo Trump.
 
        
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