Quadrilha de roubo de gado desmantelada em Goiás e Tocantins – mais de 100 bois recuperados

Segundo a polícia, o crime aconteceu na quinta-feira (25), em uma fazenda em São Miguel do Araguaia (GO). O detalhe mais revoltante é que o próprio caseiro da propriedade teria facilitado a entrada dos criminosos, entregando a confiança do patrão em troca de dinheiro fácil.

Sete pessoas foram presas nesta sexta-feira (26), acusadas de fazer parte de uma quadrilha especializada em furtos de gado nos estados de Goiás e Tocantins. A ação, conduzida pelo Batalhão Rural da Polícia Militar, recuperou mais de 100 cabeças de gado, além de apreender armas de fogo e um caminhão utilizado no transporte ilegal dos animais.

Segundo a polícia, o crime aconteceu na quinta-feira (25), em uma fazenda em São Miguel do Araguaia (GO). O detalhe mais revoltante é que o próprio caseiro da propriedade teria facilitado a entrada dos criminosos, entregando a confiança do patrão em troca de dinheiro fácil. Com a ajuda dele, os suspeitos invadiram o local, separaram o rebanho e forçaram os bois a subir no caminhão. Como a carga estava acima do limite permitido, muitos animais morreram sufocados e foram largados pelo caminho.

O gado roubado tinha como destino várias cidades do Tocantins, como Jaú, Peixe e Cariri. O plano da quadrilha era vender os animais rapidamente, tentando ocultar a origem criminosa. Mas a operação policial frustrou o esquema. A ação contou com a união da Polícia Militar de Goiás (PMGO), Polícia Militar do Tocantins (PMTO) e Polícia Civil do Tocantins (PCGO) – um trabalho em conjunto que mostrou eficiência e rapidez.

Entre os presos estão o motorista do caminhão, o próprio caseiro e até compradores que aceitariam o gado roubado. Todos foram levados para a Central de Flagrantes em Gurupi, onde já foram autuados e permanecem à disposição da Justiça.

Curiosidade: o roubo de gado, também chamado de abigeato, é um dos crimes mais antigos do Brasil rural. Já no século XIX, registros mostram que quadrilhas inteiras agiam no interior levando bois e cavalos, aproveitando o isolamento das fazendas. Hoje, apesar da tecnologia, esse tipo de crime ainda é lucrativo: um único boi pode valer entre R$ 3 mil e R$ 6 mil no mercado.