Lula perde em todos os cenários de segundo turno no Acre; Bolsonaro é favorito

Foram entrevistados 1.505 eleitores em 18 municípios acreanos, entre os dias 19 e 23 de setembro. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Um levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (26), trouxe más notícias para Lula (PT). No Acre, o petista amarga índices baixos e enfrenta uma forte rejeição popular.

No cenário espontâneo, quando o eleitor responde sem ter nomes sugeridos, Lula aparece apenas em segundo lugar, com 13,8%. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera com folga, somando 21,2% das intenções de voto. Vale lembrar que Bolsonaro sempre teve grande respaldo no Norte do país, onde valores conservadores e defesa da família falam mais alto.

Outros nomes também aparecem, mas com números tímidos: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), registra 2,7%; Michelle Bolsonaro (PL), 0,8%; Ciro Gomes (PDT), 0,4%. Já Ratinho Junior (PSD) marca 0,2% e Ronaldo Caiado (União Brasil), 0,1%. Votos brancos e nulos chegam a 5,2%, enquanto 54,8% ainda estão indecisos – um dado curioso que mostra espaço para crescimento da direita.

Cenários estimulados

Quando os nomes são citados, o domínio de Bolsonaro se confirma:

Panorama 1: Bolsonaro lidera com 50,8%, contra 25,6% de Lula.

Panorama 2: Michelle Bolsonaro surpreende e aparece com 42,8%, contra 25,9% de Lula.

Panorama 3: Lula empata tecnicamente com Tarcísio (26,7% contra 26,0%), mas ambos ficam distantes de um resultado definitivo.

Panorama 4: Flávio Bolsonaro supera Lula (31,8% contra 26,6%).

Segundo turno

Nos cenários diretos, a derrota de Lula fica ainda mais evidente:

Bolsonaro vence Lula por 59,3% a 28,4%.

Michelle Bolsonaro vence por 58,8% a 29,2%.

Tarcísio vence Lula por 52,8% a 30%.

Flávio Bolsonaro também derrota o petista: 52,6% a 30,7%.

Avaliação do governo

O dado mais alarmante para o PT é a rejeição: 61,7% dos acreanos desaprovam a gestão Lula. Apenas 34,9% aprovam. Quando detalhado: 47,1% classificam o governo como “péssimo”, 7,2% como “ruim” e 17,8% como “regular”. Apenas 10,5% consideram a gestão “ótima” e 15,5% “boa”.

Esse resultado mostra um recado claro: no Acre, a paciência com Lula acabou. A forte desaprovação reflete a crise econômica, a insegurança e a falta de confiança no governo. É importante lembrar que historicamente o Acre sempre foi estratégico no cenário político, pois serve como termômetro da região Norte, onde a direita tem crescido de forma constante.

O levantamento

Foram entrevistados 1.505 eleitores em 18 municípios acreanos, entre os dias 19 e 23 de setembro. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.