Sinais preocupantes vindos das estatais
O exemplo mais emblemático é a Petrobrás, saqueada a partir do segundo mandato de Lula, em 2006, e durante todo o governo Dilma. Foi nesse período que vieram à tona os maiores esquemas de corrupção já registrados no país, como os das obras superfaturadas da Refinaria Abreu e Lima e do Comperj, além da compra desastrosa da Refinaria de Pasadena, nos EUA, um ativo sucateado que custou bilhões.
															Uma das marcas mais trágicas dos governos do PT sempre foi a forma voraz com que trataram o patrimônio das estatais brasileiras. O exemplo mais emblemático é a Petrobrás, saqueada a partir do segundo mandato de Lula, em 2006, e durante todo o governo Dilma. Foi nesse período que vieram à tona os maiores esquemas de corrupção já registrados no país, como os das obras superfaturadas da Refinaria Abreu e Lima e do Comperj, além da compra desastrosa da Refinaria de Pasadena, nos EUA, um ativo sucateado que custou bilhões. Os valores desviados abasteceram o caixa do partido e enriqueceram dirigentes aliados — tudo devidamente documentado nas investigações da Operação Lava Jato.
Quando o preço do petróleo despencou em 2014, a realidade veio à tona: a Petrobrás, que lucrava cerca de R$ 20 bilhões anuais até 2013, passou a registrar prejuízos bilionários — chegando a R$ 35 bilhões em 2015. Só após o impeachment de Dilma e com o trabalho de saneamento iniciado nos governos Temer e Bolsonaro, a estatal conseguiu reduzir sua dívida de quase R$ 500 bilhões para R$ 280 bilhões em 2022. Nesse período, voltou a dar lucro robusto, em torno de R$ 85 bilhões por ano, ao se concentrar naquilo que deveria ser sua missão: explorar petróleo e gás.
Foram adotadas medidas duras, como a venda de refinarias deficitárias, a saída de setores que nada tinham a ver com sua vocação — fertilizantes, varejo de combustíveis, petroquímica — e o foco no pré-sal. Desde 2017, a estatal recuperou cerca de R$ 8 bilhões desviados na corrupção entre 2006 e 2016, uma fração dos quase R$ 40 bilhões estimados como saqueados. Vale lembrar que, em 2016, foi criada a Lei das Estatais, para evitar a volta do aparelhamento político. Ela proibia que políticos em exercício assumissem cargos de direção, mas em 2022 o STF derrubou essa regra, alegando ser “excessivamente restritiva”.
Hoje, a Petrobrás apresenta resultados positivos, mas bem menores do que no período 2019-2022. E o mais grave: voltou a investir em áreas de risco, como fertilizantes e projetos no exterior, além de retomar obras superfaturadas que simbolizam os piores erros do passado, como o Comperj e o segundo trem da Abreu e Lima.
O Banco do Brasil, por sua vez, resistiu relativamente bem ao primeiro ciclo do PT. Sua gestão no crédito agrícola — onde chegou a deter 80% do mercado — era uma barreira contra a ingerência política. Porém, de alguns anos para cá, perdeu espaço, com mais produtores endividados e aumento de inadimplência. O banco insistiu em manter o penhor da safra como garantia, um modelo ultrapassado frente ao usado por bancos privados, que preferem a alienação fiduciária da terra, muito mais eficiente. O resultado foi a disparada da inadimplência e a queda esperada no lucro: de R$ 30 bilhões anuais até 2024 para cerca da metade disso em 2025.
Se a Petrobrás e o BB ainda resistem, os Correios vivem o pior cenário. Depois de lucros modestos entre 2017 e 2022, a estatal voltou ao vermelho: prejuízo de R$ 600 milhões em 2023, R$ 2,6 bilhões em 2024 e inacreditáveis R$ 4,3 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. Não por acaso, o Senado aprovou uma investigação para apurar irregularidades na gestão.
Outro exemplo é a Eletrobrás, retirada do plano de privatizações pelo PT em 2002, e que consumiu cerca de R$ 40 bilhões do Tesouro até 2021. Felizmente, no governo Bolsonaro, foi finalmente privatizada, livrando-se do uso político.
A história mostra que os sinais de alerta são reais. O Petrolão foi o maior escândalo de corrupção da nossa história e ainda ecoa como lição. Agora, com Petrobrás retomando projetos falidos, Banco do Brasil enfraquecido e Correios acumulando rombos históricos, fica clara a ameaça: em um novo ciclo de governo petista, as estatais podem voltar a ser laboratórios de corrupção, aparelhamento e destruição do patrimônio público — e isso, mais uma vez, custará caro ao povo brasileiro.
*Com informações da Revista Oeste
        
Comentários (0)