Ex-ministro da Agricultura da China é sentenciado à morte por corrupção
Segundo a corte popular da cidade de Changchun, na província de Jilin, Tang teria embolsado, entre 2007 e 2024, o equivalente a mais de 268 milhões de yuans — cerca de R$ 203 milhões.
 
															O ex-ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, foi condenado à morte neste domingo (28) por envolvimento em corrupção e recebimento de propinas. O anúncio partiu de um tribunal no nordeste do país, que classificou o caso como um dos mais graves já registrados.
Segundo a corte popular da cidade de Changchun, na província de Jilin, Tang teria embolsado, entre 2007 e 2024, o equivalente a mais de 268 milhões de yuans — cerca de R$ 203 milhões. Em comunicado oficial, a Justiça destacou que os atos do ex-ministro “causaram perdas gravíssimas aos interesses do Estado e do povo, portanto justificaram a pena de morte”.
Tang admitiu os crimes e declarou arrependimento diante dos juízes. Ainda assim, a sentença foi mantida, reforçando a linha dura do governo chinês contra casos de corrupção.
O presidente Xi Jinping conduz uma das campanhas anticorrupção mais rigorosas do mundo. Desde que assumiu, centenas de autoridades — tanto do alto escalão do governo quanto do próprio Partido Comunista Chinês — já foram presas, punidas ou afastadas. Curiosamente, esse tipo de punição severa não é novidade na história da China: registros mostram que desde a dinastia Ming (século XIV), a corrupção era considerada um crime tão grave que poderia levar à execução.
Apesar do discurso oficial, críticos afirmam que Xi utiliza essa política não apenas para punir crimes financeiros, mas também como ferramenta para eliminar adversários políticos e consolidar seu poder absoluto.
 
        
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